Declarações foram em respostas às cobranças de deputada Coronel Fernanda
O governador Mauro Mendes (UB) respondeu a cobrança feita pela deputada federal Coronel Fernanda (PL) para que seja aumentado o efetivo da Polícia Militar em Mato Grosso. O gestor explicou que o Estado pode colapsar caso haja o inchaço da máquina pública e voltou a cobrar leis mais duras por parte do Congresso Nacional para combater o avanço do crime organizado e as facções criminosas.
Em entrevista ao Jornal da Cultura, nesta segunda-feira (3), a bolsonarista disse que a corporação tem menos de 40% do efetivo do que era previsto em 2014 e não há militares suficientes para fazer policiamento ostensivo, por exemplo. Para ela, o aumento das punições não seria motivo para não convocar mais agentes de segurança. Mendes, por sua vez, voltou a dizer que as leis brasileiras "são frouxas".
"Eu disse aqui, se formos nomear todos os cargos vagos que eles me pedem, vamos colapsar as finanças do Estado em breve. É isso que o cidadão quer? Que pare todos os investimentos para encher o estado de novos servidores em todas as áreas? Tenho certeza de que não. E nessa questão da segurança pública, para mim é muito claro, as leis brasileiras são muito frouxas", rebateu.
De acordo com ele, desde 1980 no Brasil todos os indicadores de segurança pública pioraram e por isso há a necessidade de tornar as leis mais inteligentes, desestruturar algumas cadeias criminosas, como as próprias facções, que estão se fortalecendo em todo o país e não apenas em Mato Grosso.
"Então nós temos que visitar qualquer problema e olhar para eles sob uma nova perspectiva. As leis que nós temos, elas fazem com que bandidos ficam presos 5, 6, 10 vezes por ano e soltos em audiência de custódia. É isso que Coronel Fernanda e o Congresso Nacional deveriam enxergar. Existem leis frouxas que não respondem ao momento de alta criminalidade em todo o Brasi", enfatizou o governador.
Ainda conforme o gestor, o Poder Judiciário cumpre e aplica as leis e que se existe algum equívoco de interpretação no julgamento só quem pode corrigir isso é o próprio Congresso Nacional, tornando as leis mais claras, mais objetivas e não deixando um "leque gigantesco" para interpretações a serem feitas por juízes, desembargadores ou ministros em todo o Brasil.
"Pai e mãe dos problemas e o pai e mãe das soluções desse país chama-se Congresso Nacional porque ele que faz as leis e as regras sobre as quais o Executivo tem que trabalhar e o próprio Judiciário tem que trabalhar. O Judiciário cumpre e aplica as leis", encerrou.