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ASSÉDIO FATAL

Jovem alega que matou empresário após "cantada" num bar em MT

Corpo de dono de oficina foi achado em canavial de cooperativa


Um jovem de 22 anos foi preso pela Polícia Civil, nesta quarta-feira (19), sob a suspeita de ter matado Clever Luciano Venâncio, de 39 anos, dono de uma oficina mecânica em Rio Branco (356 km de Cuiabá), na região de fronteira do estado. O rapaz alegou que a vítima o teria assediado quando estavam em um bar na região.

Clever foi morto com um tiro disparado por um revólver calibre 38 no rosto, e seu corpo foi encontrado em Lambari d'Oeste, próximo ao portal de entrada da cidade. Luciano era proprietário da Venâncio Auto Center e estava desaparecido.

Familiares e amigos chegaram a divulgar uma foto dele e de seu veículo informando sobre o sumiço, além de um número de telefone para contato, caso alguém soubesse de seu paradeiro. Segundo a Polícia Civil, o pai de Clever procurou a unidade da Polícia Militar na manhã de quarta-feira para comunicar o desaparecimento do filho e informou que era hábito da vítima enviar-lhe mensagens todos os dias, o que não aconteceu no dia anterior.

Estranhando a situação, ele ligou para o celular de Clever. No entanto, quem atendeu informou que o aparelho foi encontrado perto de uma fazenda da região.

A pessoa que encontrou o celular da vítima informou aos policiais que, por volta das 4h00 seguia pela MT-247, indo trabalhar em uma fazenda, quando avistou uma luminosidade no chão. Ao se aproximar, percebeu que era um telefone celular e o levou consigo para o trabalho, deixando-o no escritório.

O pai da vítima ainda informou que Clever Venâncio havia saído de Rio Branco, onde possui uma oficina mecânica, e foi a Mirassol d'Oeste comprar peças, sendo visto posteriormente na cidade de Curvelândia. Policiais militares começaram a investigação na região e encontraram o veículo da vítima, um VW Up branco, no bairro Cohab Planalto.

Posteriormente, funcionários de uma cooperativa em Lambari d'Oeste relataram à polícia que encontraram um corpo próximo ao portal de entrada da cidade. Após fazer buscas na MT-170, onde o corpo foi encontrado, a PM abordou um táxi que transitava na estrada.

O passageiro não possuía documentos, estava com mais de R$ 1 mil em espécie e demonstrou nervosismo diante da abordagem policial. Questionado, entrou em contradição várias vezes e acabou confessando o assassinato de Clever Luciano.

O suspeito de 22 anos afirmou que a vítima o teria assediado quando estavam no bar. Após o alegado assédio, o autor do crime saiu do estabelecimento, voltou armado com um revólver calibre 38 e seguiu com a vítima até o local onde foi encontrado o corpo, disparando um tiro no rosto de Clever.

Posteriormente, o suspeito fugiu com o veículo e pertences da vítima, abandonando o telefone na margem da MT-247 e o carro no local onde foi posteriormente encontrado. Quanto à carteira e à arma usada no crime, ele afirmou tê-las deixado em uma residência, mantendo a maior parte do dinheiro consigo.

O suspeito indicou o endereço onde estavam esses itens e, na casa, os policiais encontraram mais de 30 porções de pasta base e maconha, além da chave do veículo da vítima.

FOLHA MAX

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