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Ata do Copom: Banco Central fala em eventuais ajustes futuros da Selic e atuação firme para conter a inflação

Publicada nesta terça-feira (25), a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou a postura cautelosa do Banco Central (BC) e indicou que eventuais ajustes futuros na Taxa Selic serão ditados pelo "firme compromisso de convergência da inflação à meta".

Por Comando da Notícia

25/06/2024 às 13:24:27 - Atualizado há
Foto: Estadão

Publicada nesta terça-feira (25), a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou a postura cautelosa do Banco Central (BC) e indicou que eventuais ajustes futuros na Taxa Selic serão ditados pelo "firme compromisso de convergência da inflação à meta".

O colegiado do Copom interrompeu o ciclo de cortes na semana passada, mantendo a taxa básica de juros em 10,5%, em uma decisão unânime.

"O comitê avaliou que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação, como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas", diz a ata do Copom.

Segundo o comitê, o mercado de trabalho e a atividade econômica doméstica têm apresentado resultados surpreendentes, indo de encontro à desaceleração esperada.

O Copom ainda destacou que esse fenômeno é particularmente notável no que diz respeito ao consumo das famílias. Além disso, o aumento das expectativas de inflação também é motivo de preocupação mencionado pelo comitê.

Segundo o colegiado, manter a taxa Selic em 10,5% é consistente com a estratégia de conduzir a inflação para convergir a um nível próximo da meta ao longo do horizonte que abrange o ano de 2025.

"A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, ampliação da desancoragem das expectativas de inflação e um cenário global desafiador, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária", afirma o Copom.

Segundo a ata divulgada, a projeção para o IPCA de 2024 é de 4,0% no cenário de referência. Em comparação com a reunião de maio, a instituição já previa um IPCA de 3,8% para este ano, ultrapassando o centro da meta estabelecida em 3%.

Para 2025, um ano que ganha maior relevância nas decisões de política monetária, a projeção é de 3,4%, também acima da meta central de 3,0% estipulada para o período. Esta estimativa representa um aumento em relação à previsão anteriormente divulgada no encontro de maio.

Quanto aos preços administrados, a ata reiterou as projeções mencionadas no comunicado: 4,4% para 2024 e 4,0% para 2025. Em maio, essas estimativas eram de 4,8% e 4,0%, respectivamente.

Fonte: GAZETA BRASIL
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