Anunciando a formação de seu painel em junho, a Nasa afirmou: “Não há evidências de que os UAPs sejam de origem extraterrestre”.
Um relatório do Pentágono divulgado um ano antes também apontou dados insuficientes para determinar a natureza de mais de 140 observações credíveis documentadas por militares desde 2004, principalmente funcionários da Marinha.
Autoridades de defesa e inteligência testemunharam perante o Congresso há cinco meses que a lista de OVNIs catalogados cresceu para 400, mas muitos permanecem além da explicação, seja como tecnologias terrestres avançadas, atmosféricas ou algo alienígena.
Entre eles estão vídeos divulgados pelo Pentágono de objetos enigmáticos no ar exibindo velocidade e manobrabilidade que excedem a tecnologia de aviação conhecida e carecem de meios visíveis de propulsão ou superfícies de controle de voo.
A Nasa disse que seu painel passaria nove meses elaborando sua própria estratégia sobre como organizar e estudar observações antes de recomendar “um roteiro de análise de dados de UAP em potencial pela agência daqui para frente”. Seu primeiro relatório deve ser divulgado em meados de 2023.
“Entender os dados que temos em torno de fenômenos aéreos não identificados é fundamental para nos ajudar a tirar conclusões científicas sobre o que está acontecendo em nossos céus”, disse Thomas Zurbuchen, administrador associado da Nasa. “Os dados são a linguagem dos cientistas e tornam o inexplicável explicável”.
O painel é presidido por David Spergel, que anteriormente chefiou o departamento de astrofísica da Prince University.
Outros membros incluem Anamaria Berea, uma afiliada de pesquisa do Instituto Seti (Search for Intelligence Life) em Mountainview, na Califórnia; o astronauta aposentado da Nasa e piloto de testes Scott Kelly; Paula Bontempi, oceanógrafa biológica da Universidade de Rhode Island, e a astrofísica Shelley Wright da Universidade da Califórnia em San Diego.
(Edição de Stephen Coates)
Este conteúdo foi originalmente publicado em Painel de OVNIs da Nasa se reúne para estudar observações não classificadas no site CNN Brasil.