Uisnei Silva de Oliveira foi denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) por ter matado esmagado, com um caminhão betoneira, o trabalhador Renan Souza Vieira, 28, no último dia 18 de julho, em Rondonópolis (212 km ao Sul) e também por tentar matar a esposa da vítima, Josiane Fonseca, e a filha de um ano do casal.
Conforme a promotora Ludmilla Evelin de Faria Sant"Ana Cardoso, da 6ª Promotoria de Justiça Criminal de Rondonópolis, o denunciado, "ciente da ilicitude e da reprovabilidade de sua conduta, por motivo fútil, com emprego de meio que resultou em perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, na condução de um caminhão betoneira, matou a vítima, causando-lhe traumatismo cranioencefálico".
A morte do trabalhador causou grande comoção na cidade. Além disso, a cena do esmagamento foi gravada por câmeras de segurança do local. Pelas imagens é possível ver o motorista da betoneira dando marcha à ré e indo em direção à carreta conduzida pela vítima. Ao tentar descer do caminhão, Renan foi brutalmente prensado pela betoneira, morrendo no local.
A cena foi presenciada pela esposa de Renan, também vítima, Josiane Fonseca do nascimento, 30, e pela filha, que estavam na cabine do caminhão, mas não foram atingidas por circunstâncias alheias à vontade do acusado.
O MPMT sustenta como uma das qualificadoras (além de outras arroladas na denúncia) o motivo fútil da morte, uma vez que tudo teria acontecido em razão de uma discussão anterior entre o denunciado e Renan.
O órgão cita ainda que o denunciado acelerou seu veículo "realizando manobra perigosa em marcha ré, em via pública, onde havia o tráfego intenso de veículos e pedestres, de modo que o veículo automotor conduzido pelo denunciado serviu como meio que resultou em perigo comum, diante da possibilidade de causar dano a outros indivíduos (ciclistas, pedestres, transeuntes)".
Conforme a promotora de Justiça, Uisnei praticou o crime contra a vida mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, tendo em vista que elas se encontravam "impossibilitadas de se defender, pois estavam entretidas na parte interna do caminhão, quando foram surpreendidas pelo caminhão do denunciado".
"O Ministério Público requer seja instaurado o devido processo legal, prosseguindo-se de acordo com o rito procedimental do Júri, para que o denunciado seja pronunciado e, ao final, responsabilizado na forma da lei", ressaltou a promotora de Justiça na denúncia.
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