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Israel Acredita que Hezbollah Atacará Antes do Irã

Oficiais israelenses acreditam cada vez mais que será o Hezbollah, e não o Irã, a primeira a lançar um grande ataque contra Israel nos próximos dias, de acordo com relatos da mídia hebraica desta quarta-feira (7/8).

Por Comando da Notícia

08/08/2024 às 02:17:36 - Atualizado há
Foto: Hussein Malla - Copyright 2023 The Associated Press. All right reserved

Oficiais israelenses acreditam cada vez mais que será o Hezbollah, e não o Irã, a primeira a lançar um grande ataque contra Israel nos próximos dias, de acordo com relatos da mídia hebraica desta quarta-feira (7/8).

Citando duas fontes familiarizadas com a inteligência sobre o assunto, a CNN informou que o Hezbollah parece cada vez mais disposto a agir contra Israel “independentemente” de uma possível resposta iraniana aos recentes assassinatos do comandante militar do grupo terrorista libanês, Fuad Shukr, em Beirute, e do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã.

Uma das fontes disse que o Hezbollah está se preparando para um ataque mais rapidamente do que o Irã, que pretende lançar nos próximos dias. Segundo a rede de notícias dos EUA, vários oficiais afirmaram que o Irã ainda está ajustando seus planos de retaliação, com um oficial militar dos EUA citando que Teerã já fez algumas — mas não todas — das preparações esperadas para um grande ataque contra Israel.

A segunda fonte mencionou que, ao contrário do Irã, o Hezbollah provavelmente pode iniciar um ataque com poucos ou nenhum sinal prévio, uma vez que o Líbano faz fronteira com Israel. A fonte acrescentou que não está claro como ou se a República Islâmica e seu proxy libanês estão cooperando em um possível ataque, e que alguns oficiais acreditam que eles podem não estar alinhados sobre como proceder.

Enquanto isso, um relatório não confirmado do Canal 12 informou que Israel comunicou tanto ao Hezbollah quanto ao Irã que qualquer dano a civis em Israel durante a retaliação prometida pelos assassinatos dos líderes terroristas será uma linha vermelha, levando a uma resposta desproporcional.

Ainda assim, o relatório indicou que Israel está se preparando para possíveis tentativas de atacar infraestrutura civil ou alvos ligados a Israel no exterior, mas atualmente não há inteligência sugerindo planos contra locais específicos fora do país.

A rede também relatou que o ministro da Defesa, Yoav Gallant, participou de discussões no Comando da Frente Interna sobre quando emitir um alerta antecipado aos cidadãos israelenses e atualizar as orientações públicas, o que não chegou a uma decisão sobre um horário específico devido a preocupações com a exposição de fontes de inteligência.

Uma reportagem semelhante da emissora pública Kan disse que os cidadãos serão informados assim que Israel identificar que um ataque está em andamento.

Do lado iraniano, um relatório da Iran International informou que o presidente Masoud Pezeshkian pediu ao líder supremo do país que evitasse um ataque direto a Israel, alertando que uma escalada poderia levar Israel a devastar infraestrutura e alvos energéticos, além de prejudicar a economia.

O relatório, que citou fontes anônimas com conhecimento do assunto e não pôde ser confirmado de forma independente, afirmou que Pezeshkian disse a Ali Khamenei que uma guerra poderia aprofundar o descontentamento dos cidadãos com o regime e até levar ao colapso do Irã.

O relatório informou que Khamenei foi não comprometido na reunião.

Reino Unido e Egito pedem que companhias aéreas evitem Irã e Líbano

Diante da crescente expectativa de um ataque, Reino Unido e Egito pediram nesta quarta-feira às suas companhias aéreas que evitem o espaço aéreo iraniano e libanês devido ao medo de um possível conflito mais amplo na região.

O alerta do Reino Unido para suas companhias aéreas evitarem o espaço aéreo do Líbano foi feito horas depois que o Egito instruiu todas as suas companhias aéreas a evitar o espaço aéreo do Irã por três horas na manhã de quinta-feira.

Muitas companhias aéreas globalmente estão revisando seus horários para evitar o espaço aéreo iraniano e libanês, além de cancelar voos para Israel e Líbano.

Voos sobre zonas de conflito se tornaram uma questão de segurança proeminente para a indústria há uma década, após o voo MH17 da Malaysia Airlines ser abatido sobre a Ucrânia, matando todas as 298 pessoas a bordo.

As companhias aéreas egípcias já estavam evitando o espaço aéreo iraniano. A nova diretiva se aplica a todas as transportadoras egípcias, incluindo operadores de fretamento e outras companhias aéreas menores, disse Mark Zee, fundador da OPSGROUP – uma organização baseada em membros que compartilha informações sobre riscos de voo.

O NOTAM do Egito, um aviso de segurança fornecido aos pilotos, disse que a instrução estará em vigor por três horas na manhã de quinta-feira.

“Todas as transportadoras egípcias deverão evitar sobrevoar Teerã (Região de Informação de Voo). Nenhum plano de voo será aceito sobrevoando tal território”, dizia o aviso, referindo-se ao período de três horas especificado.

O ministério da aviação civil do Egito confirmou mais tarde na quarta-feira que o aviso visava reduzir os riscos de segurança de voo em decorrência de uma notificação recebida das autoridades iranianas.

“Exercícios militares serão realizados sobre o espaço aéreo iraniano em 7 de agosto das 11h30 às 14h30 e das 4h30 às 7h30 do dia 8, horário de Teerã”, dizia a declaração.

A declaração do ministério seguiu um comentário de uma fonte não identificada citada pela Al Qahera News TV, que informou que as autoridades iranianas pediram para evitar voar no espaço aéreo do país devido a “exercícios militares”.

O ministro das Relações Exteriores interino do Irã, Ali Bagheri Kani, conversou por telefone com o ministro das Relações Exteriores egípcio nesta quarta-feira, segundo o site do ministério das Relações Exteriores iraniano.

Em 2020, unidades de defesa aérea iranianas disseram ter abatido acidentalmente o voo PS752 da Ukrainian International Airlines, matando todas as 176 pessoas a bordo, pouco depois de decolar do aeroporto de Teerã. Na época, estavam em alerta elevado devido ao aumento das tensões com os Estados Unidos.

No domingo, as autoridades jordanianas pediram a todas as companhias aéreas que pousam em seus aeroportos que carreguem 45 minutos a mais de combustível.

Fonte: GAZETA BRASIL
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