O Comando com Venezuela, liderado por María Corina Machado e Edmundo González Urrutia, denunciou nesta quarta-feira (28) que o dirigente opositor Biagio Pilieri estava sendo perseguido pelo regime de Nicolás Maduro.
O Comando com Venezuela, liderado por María Corina Machado e Edmundo González Urrutia, denunciou nesta quarta-feira (28) que o dirigente opositor Biagio Pilieri estava sendo perseguido pelo regime de Nicolás Maduro. A denúncia surgiu após a retirada de Pilieri de um evento massivo em Caracas, e ele acabou sendo detido.
A organização divulgou uma alerta em suas redes sociais, informando que o líder de Convergencia Venezuela estava sendo seguido em La Castellana por “indivíduos não identificados” a bordo de duas caminhonetes e três motos, que “tentavam colidir com seu veículo para sequestrá-lo”.
“Alertamos a comunidade internacional e responsabilizamos o regime pelo que possa acontecer com ele”, disseram em suas redes sociais.
Pouco depois, um vídeo mostrando Pilieri dentro de seu carro foi divulgado, onde ele relatava a situação. “Estamos sendo seguidos, entendemos e estamos certos de que são corpos de segurança do Estado. Estamos sendo seguidos há 20 minutos”, afirmou o político, que estava acompanhado por três pessoas, incluindo seu filho, Jesús, membro da organização Jovens com Venezuela.
Pilieri fez uma declaração formal, responsabilizando Nicolás Maduro, o Ministro do Interior e Justiça, o Procurador-Geral da República e todos os corpos de segurança do Estado pelo seu bem-estar, em meio à repressão brutal do regime contra a oposição.
Vídeos de transeuntes mostraram veículos do regime seguindo de perto o carro de Pilieri nas ruas de Caracas. Inicialmente, acreditava-se que Pilieri tentava buscar proteção em uma embaixada, mas o Comando informou que a última localização de seu celular, no El Helicoide, confirmou seu sequestro. O paradeiro de seu filho ainda é desconhecido. “Exigimos o fim da perseguição”, reiterou a organização.
Também foi reportada a perseguição ao dirigente opositor Juan Pablo Guanipa após o evento em Caracas, embora ele tenha conseguido escapar e se refugiar.
Os eventos ocorreram poucas horas depois que o regime deteve Perkins Rocha, porta-voz de María Corina Machado, conforme noticiado pelo Comitê de Direitos Humanos de Vente Venezuela. Rocha, que é Coordenador Jurídico e Representante perante o CNE, foi levado “à força” por indivíduos não identificados, e a organização exigiu informações sobre seu paradeiro e sua “liberação imediata”.
Apesar das ações repressivas do chavismo, María Corina Machado reafirmou sua luta pela liberdade do país em um discurso para seus seguidores, tanto em Caracas quanto globalmente. “O regime está cada vez mais isolado Nenhum governo democrático no mundo reconheceu o fraude”, disse Machado, destacando que há “testemunhas do PSUV e do chavismo que sabem a verdade e não querem ser cúmplices do roubo do regime.”
Ela descreveu a repressão como a mais brutal da história da Venezuela e prometeu continuar a luta pela liberdade. “Vamos seguir em frente, vamos forçá-los a ceder”, afirmou.
Com informações de agências internacionais.