A Terra Indígena Kadiwéu, localizada no Pantanal de Mato Grosso do Sul, em Porto Murtinho, enfrenta uma grave crise ambiental com incêndios que já consumiram mais de 68% de seu território em 2024.
A Terra Indígena Kadiwéu, localizada no Pantanal de Mato Grosso do Sul, em Porto Murtinho, enfrenta uma grave crise ambiental com incêndios que já consumiram mais de 68% de seu território em 2024. Brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo) estão mobilizados dia e noite na tentativa de controlar as chamas.
Dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ) indicam que aproximadamente 368 mil hectares da TI Kadiwéu foram devastados pelo fogo. Nas últimas 48 horas, 180 novos focos de calor foram registrados em todo o estado de Mato Grosso do Sul.
Somando-se todas as Terras Indígenas do Pantanal, o fogo já destruiu 371 mil hectares, dos quais 98% pertencem à TI Kadiwéu.
O último boletim do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) informa que mais de 950 profissionais estão envolvidos no combate aos incêndios, com o apoio de aeronaves, embarcações e veículos pesados, na chamada “Operação Pantanal”.
O fogo vem devastando o bioma há mais de três meses, resultando na destruição de 2,5 milhões de hectares, o que corresponde a mais de 16% do território pantaneiro no Brasil.
A Terra Indígena Kadiwéu é o lar de 1.697 indígenas dos povos Kadiwéu, Kinikinau e Terena, em uma área homologada de 539 mil hectares. O foco mais recente e intenso na região foi identificado por satélites em 25 de agosto, levando cerca de 70 brigadistas do PrevFogo a intensificarem os esforços para conter o avanço das chamas. Segundo Márcio Yule, chefe da brigada, ainda não há previsão para o término do combate ao incêndio na área.