O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), declarou nesta sexta-feira (13) que "ninguém é dono da razão" e que "há erros de todos os lados" no impasse entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), declarou nesta sexta-feira (13) que "ninguém é dono da razão" e que "há erros de todos os lados" no impasse entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF). Em coletiva após uma solenidade no Ministério Público de Minas Gerais, em Belo Horizonte, Pacheco também comentou o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, apresentado por parlamentares da oposição, afirmando que uma decisão será tomada em breve. Ele destacou a importância de que "qualquer que seja a decisão, ela seja respeitada".
"Ninguém é dono da razão, ninguém é dono da verdade. Considero que há erros de todos os lados que vão ser dirimidos e acertados, e a melhor forma de fazer isso é com diálogo, respeito e política", afirmou Pacheco, reforçando a necessidade de um ambiente de diálogo entre os Poderes para superar a crise.
Sobre o pedido de impeachment de Moraes, Pacheco ressaltou que o foco da questão vai além da simples análise do requerimento, refletindo uma crise mais ampla entre os Poderes. "A questão não é sobre haver ou não impeachment de um ministro do Supremo. Isso resume uma crise que existe hoje entre Poderes, entre segmentos da política e o Judiciário e com a sociedade. Precisamos reconhecer as dificuldades que temos e sentar à mesa para fazer um debate e construir soluções", completou.
O presidente do Senado também não estabeleceu um prazo definitivo para a decisão sobre o pedido de impeachment, mencionando que o processo passará por análise técnica da Advocacia do Senado e será submetido a uma avaliação política. Pacheco indicou que o período eleitoral, que tende a esvaziar o Congresso, também será levado em consideração.
"Vamos seguir as etapas, ouvir a Advocacia do Senado sobre aspectos técnicos, e há instâncias do Senado importantes a serem ouvidas em momentos de crise", explicou. Ele ainda reforçou a necessidade de evitar medidas que agravem o cenário de tensão. "Neste momento muito agudo e de tensão entre os poderes, temos que buscar não congestionar ainda mais ou interromper o diálogo com medidas de ruptura e açodamento. Precisamos encontrar soluções para os problemas que temos entre os Poderes."