A Premier League alertou os clubes de que não haverá uma solução rápida para a disputa em torno das regras de patrocínio que causou um conflito interno na liga. Em uma mudança de tom, o CEO Richard Masters enviou uma mensagem na última sexta-feira (11), informando que a liga “tomará o tempo necessário” para revisar as regras de transações com partes relacionadas (APTs), após uma contestação judicial bem-sucedida do Manchester City.
Na segunda-feira (7), foi revelado que um tribunal considerou as regras – que visavam impedir clubes de firmar contratos de patrocínio inflacionados com empresas ligadas a seus proprietários – ilegais. O Manchester City, que já enfrenta uma investigação separada por 115 supostas violações das normas financeiras da Premier League, entrou com a ação judicial após ter vários contratos bloqueados pelo sistema. Com a vitória no tribunal, o clube agora pode reivindicar indenizações.
Inicialmente, Masters havia sugerido que as mudanças nas regras poderiam ser feitas de forma “rápida e eficaz”, mas essa afirmação provocou uma forte reação do Manchester City. Em um e-mail enviado aos clubes e à liga, os advogados do clube acusaram a Premier League de fornecer informações “enganosas” e “imprecisas”. Simon Cliff, conselheiro jurídico do City, rejeitou enfaticamente a ideia de uma solução rápida e alertou sobre o risco de novas ações judiciais.
Segundo o tabloide britânico Daily Mail, em uma nova mensagem aos clubes, Masters agradeceu pela cooperação em fornecer informações sobre empréstimos de acionistas, um dos pontos centrais do debate sobre as APTs. Ele afirmou que a liga está “tomando o tempo necessário para desenvolver suas propostas” e que novas atualizações seriam fornecidas em breve.
A Premier League ainda não comentou oficialmente sobre o caso. Uma reunião emergencial entre os clubes foi agendada para a próxima quinta-feira, quando será discutido o impacto do veredito e os próximos passos da liga.
GAZETA BRASIL