Nesta sexta-feira (1º), o dólar apresentou uma valorização de 1,53%, encerrando o dia cotado a R$ 5,8698. Este é o maior patamar da moeda norte-americana registrado durante o governo Lula e o valor mais elevado desde maio de 2020, período marcado pela pandemia de Covid-19. Essa alta é atribuída a uma combinação de fatores externos e internos, que incluem as incertezas geradas pelas eleições nos Estados Unidos e a atual atividade econômica americana, além da indefinição quanto ao ajuste fiscal que está sendo discutido pelo governo federal.
Desde o início do ano, a moeda americana já acumulou uma valorização de 20%, após fechar 2023 a R$ 4,85.
Outro fator que impactou o mercado foi a ausência do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estará em viagem à Europa de 4 a 9 de novembro. A expectativa é que sua falta indique um atraso nas medidas relacionadas ao ajuste fiscal, que ainda não têm um prazo definido para serem anunciadas. Embora o governo esteja redigindo um pacote de medidas, a análise jurídica desse material ainda está em andamento.
A previsão de uma redução de R$ 25,50 bilhões nas despesas do governo, que está aquém dos R$ 49,50 bilhões necessários para cumprir as regras fiscais de 2024, preocupa os investidores. Diante desse cenário, economistas apostam que o Comitê de Política Monetária (Copom) deverá acelerar o aperto monetário na próxima
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