Três foguetes foram lançados do Líbano em direção ao centro de Israel, ativando as sirenes de alarme nas regiões de Sharon e Dan, conforme informado pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) na madrugada deste sábado.
"Houve interceptações", afirmou o Exército em comunicado, acrescentando que "aparentemente, foi identificado um impacto na área". No entanto, não foi especificado se o dano foi causado por um foguete ou por estilhaços dos interceptores.
A cidade de Tira, majoritariamente habitada por árabes israelenses, foi uma das mais afetadas.
Imagens do local mostram prédios danificados e destroços espalhados pela explosão.
O serviço de emergências de Israel, Magen David Adom (MDA), atualizou o número de feridos para 19 pessoas: três delas com ferimentos moderados, enquanto as demais apresentaram ferimentos leves.
"Além disso, atendemos duas pessoas com crise de ansiedade", informou o MDA.
Um vídeo captado pela câmera de um carro em Tira mostra o exato momento de uma explosão.
As FDI também neutralizaram sete drones lançados durante a noite desta sexta-feira a partir de "diversas frentes", sem especificar os pontos de origem.
"Durante a noite, grupos terroristas lançaram sete drones em direção ao território israelense a partir de várias frentes", informaram em comunicado, acrescentando que interceptaram mais de 100 drones somente no mês passado.
"Aviões de combate, helicópteros e sistemas de defesa aérea interceptaram todas essas ameaças", detalha o comunicado.
Nesta sexta-feira, milícias xiitas pró-Irã da Resistência Islâmica no Iraque reivindicaram vários ataques com drones contra "objetivos vitais" no centro de Israel e nas Colinas de Golã, em resposta à ofensiva antiterrorista das FDI no Líbano.
Em comunicados no Telegram, "os combatentes da Resistência Islâmica no Iraque atacaram um alvo vital no centro dos territórios ocupados, no sexto dia de hoje, utilizando drones" e "um alvo vital nas Colinas de Golã ocupadas", pela segunda vez em uma hora, com aeronaves não tripuladas.
EUA reforçam presença no Oriente Médio
Enquanto isso, os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira o aumento de seu efetivo militar no Oriente Médio, enviando destróieres e esquadrões de combate, que começarão a chegar à região conflituosa nos próximos meses.
O porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, informou que o secretário de Defesa, Lloyd Austin, tomou essa decisão em alinhamento com os compromissos do país "com a proteção dos cidadãos e das forças americanas no Oriente Médio, a defesa de Israel e a redução das tensões por meio da dissuasão e da diplomacia".
Para isso, foi ordenado o envio de destróieres, esquadrões de combate, aviões-tanque adicionais e bombardeiros de longo alcance B-52.
Isso se soma ao envio do sistema antimísseis de alta altitude THAAD, recentemente implantado em Israel para fortalecer sua defesa aérea contra possíveis ataques com mísseis e drones do regime iraniano e de seus aliados do Hezbollah no Líbano.
"Esses movimentos demonstram a natureza flexível da defesa global dos Estados Unidos e sua capacidade de mobilizar forças em qualquer lugar do mundo com pouco aviso para lidar com ameaças à segurança nacional", afirmou o comunicado.
Austin, segundo suas declarações, "deixa claro que, se o Irã, seus parceiros ou representantes aproveitarem esse momento para atacar o pessoal ou os interesses dos EUA na região, os Estados Unidos tomarão todas as medidas necessárias para defender seu povo".
(Com informações de EFE e AFP)
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