A Polícia Federal (PF) irá investigar a suposta divulgação de imagens do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) antes das 18h, horário em que os candidatos estavam autorizados a deixar os locais de prova com o caderno de questões. O 1º dia de aplicação ocorreu no domingo, dia 3 de novembro.
Durante entrevista coletiva, o ministro da Educação, Camilo Santana, informou que, por volta das 16h, uma pessoa tentou sair de seu local de prova. "Precisamos seguir todos os procedimentos para evitar a saída, e essa tentativa será investigada pela PF", afirmou, sem fornecer mais detalhes sobre o caso.
O ministro também anunciou que 4.999 inscritos foram eliminados do exame por diversos motivos, como deixar o local portando o caderno de questões antes dos 30 minutos finais, portar equipamentos eletrônicos, ausentar-se antes do horário permitido (15h30), utilizar materiais impressos ou não seguir as orientações dos fiscais.
Além disso, foram registradas 689 ocorrências relacionadas a problemas logísticos, incluindo emergências médicas, interrupções temporárias de energia elétrica e falhas no abastecimento de água. Camilo destacou que, no Mato Grosso do Sul, as chuvas também interferiram na realização das provas.
Candidatos afetados por essas situações poderão solicitar a realização de um novo exame entre os dias 11 e 15 de novembro. As novas provas estão agendadas para os dias 10 e 11 de dezembro. O ministro ressaltou que a alocação dos estudantes foi planejada para que pudessem realizar a prova o mais próximo possível de suas residências, e defendeu que todos os protocolos de segurança e os horários de entrega foram cumpridos.
As provas do Enem foram aplicadas em 1.753 municípios, com 10.776 locais de prova e 149.724 salas. Ao todo, 4.325.960 inscrições foram confirmadas no Brasil. No primeiro dia, a taxa de comparecimento foi de 73,4%, superior aos índices de 2023 (71,9%) e 2022 (71,7%).
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