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New York Times admite que a ideologia "woke" está perdendo força no país

O jornal The New York Times admitiu em uma análise de notícias no último fim de semana que a ideologia "woke", que atingiu seu auge após a morte de George Floyd em 2020, perdeu grande parte de sua força neste ciclo eleitoral.


Foto: AOL.com

O jornal The New York Times admitiu em uma análise de notícias no último fim de semana que a ideologia "woke", que atingiu seu auge após a morte de George Floyd em 2020, perdeu grande parte de sua força neste ciclo eleitoral. Os democratas têm evitado apelos para desmantelar a polícia e descriminalizar as travessias de fronteira.

O repórter nacional do jornal, Jeremy Peters, escreveu uma matéria intitulada "Mudança em Relação a 2020: A Política de Identidade Perde Sua Força no País".

Na análise, Peters destacou que a vice-presidente Kamala Harris, candidata democrata, está se promovendo ao afirmar que protege sua casa com uma Glock, proclamando seu patriotismo e fazendo campanha ao lado de republicanos como Liz Cheney.

Durante esta eleição, Harris tem lembrado os eleitores sobre os traficantes de drogas que colocou na prisão quando era promotora na Califórnia. A vice-presidente também demonstrou uma "mudança de tom" em relação às questões de identidade de gênero. Diferente de 2019, quando se apresentou em um evento da CNN afirmando que seus pronomes eram "ela, dela e dela", atualmente, ela "muda de assunto" quando questionada se os contribuintes devem arcar com os custos de operações de mudança de sexo para migrantes e prisioneiros detidos, segundo Peters.

O jornalista do Times observou que grandes empresas estão revertendo suas políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) em meio a uma forte reação online de conservadores. O artigo também destacou como as principais universidades deixaram de exigir que candidatos a empregos assinem "declarações de diversidade" — documentos pessoais que atestam seu compromisso com a diversidade.

Termos como "Latinx" também não são mais exigidos como referências a latinos. Peters citou pesquisas de 2020 e deste ano que mostraram que menos de 5% dos latinos usaram o termo neutro em gênero. Essa situação é uma grande mudança em relação a quatro anos atrás, quando as pesquisas mostraram que grandes maiorias dos americanos — incluindo aqueles que se autodenominavam democratas e liberais — afirmaram que não se sentiam à vontade para falar livremente sobre suas crenças por medo de serem hostilizados por progressistas, de acordo com o Times.

"O que parece ter mudadoÂ… é que as pessoas agora reconhecem que certas soluções progressistas focadas na identidade para a injustiça nunca foram amplamente populares", escreveu Peters, citando acadêmicos e estrategistas políticos.

Ele também notou que candidatos do Partido Democrata que concorriam à nomeação em 2020 discutiam sobre desmantelar a polícia, descriminalizar as travessias de fronteira por migrantes indocumentados e acabar com os seguros de saúde privados. Desde então, candidatos progressistas que foram defensores veementes dessas posições não tiveram um bom desempenho nas eleições, como o deputado Jamaal Bowman (D-NY) e a deputada Cori Bush (D-Mo.), ambos derrotados em suas primárias para candidatos mais centristas.

"A questão para aqueles no ala progressista do partido é se continuarão a perseguir algumas de suas ideias mais polarizadoras sobre identidade", concluiu Peters.

GAZETA BRASIL

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