O Departamento de Justiça dos Estados Unidos pedirá a um juiz que force o Google a vender o seu navegador de internet Chrome, informou a Bloomberg, citando fontes. A medida seria uma ação histórica contra uma das maiores e mais controversas empresas de tecnologia do mundo, afirmou o veículo.
Em agosto, o juiz distrital Amit Mehta decidiu que o gigante da tecnologia dos EUA monopolizou ilegalmente o mercado de buscas online ao pagar empresas como Apple e Samsung para tornar seu motor de busca o padrão em seus dispositivos.
O Chrome é o navegador de internet mais popular do mundo, com uma participação de 65% no mercado global, quase quatro vezes a de seu concorrente mais próximo, o Safari. Possuir o Chrome é fundamental para os negócios de publicidade do Google, destacou a Bloomberg, pois permite que a empresa controle como as pessoas visualizam a internet e quais anúncios elas veem.
O Departamento de Justiça também pedirá ao juiz que imponha medidas relacionadas à inteligência artificial e requisitos para licenciamento de dados, disseram fontes familiarizadas com os planos à Bloomberg.
Se aceitas, as propostas têm o potencial de remodelar o mercado de buscas online e a crescente indústria de IA, segundo a reportagem.
O governo “continua a promover uma agenda radical que vai muito além das questões legais deste caso”, afirmou Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios do Google, em um comunicado citado por vários meios de comunicação.
O Departamento de Justiça entrou com a ação antitruste civil contra o Google por monopolizar a busca e a publicidade em busca em 2020, sob a administração de Donald Trump.
Em setembro, Trump afirmou que, se reeleito presidente, buscaria a acusação contra o Google, alegando que a empresa só exibe “histórias ruins” sobre ele.
No entanto, em outubro, Trump demonstrou ceticismo sobre a possível divisão da empresa, sugerindo que ela poderia ser tornada “mais justa” em vez disso.
Uma audiência sobre as propostas de remédio está marcada para abril. Uma decisão final é esperada para agosto de 2025.
GAZETA BRASIL