Um homem de 60 anos ficou gravemente ferido neste domingo na região da Alta Galileia, no norte de Israel, informou o serviço de emergência israelense, Magen David Adom (MDA), após o lançamento de mais de 180 foguetes por terroristas do Hezbollah a partir do Líbano.
"Após o incidente na Alta Galileia, paramédicos e técnicos em emergências médicas estão fornecendo atendimento médico e evacuaram para o Hospital Ziv um homem de aproximadamente 60 anos, em estado grave, com um ferimento de estilhaço no abdômen", informou o MDA em comunicado.
Em Haifa, na costa norte de Israel, um prédio residencial foi atingido por destroços de um foguete interceptado pelo sistema de defesa aérea israelense. Duas pessoas sofreram ferimentos leves, e as autoridades evacuaram os moradores devido ao risco de colapso da estrutura.
Em Petah Tikva, no centro do país, a queda de destroços de foguetes deixou pelo menos uma pessoa levemente ferida e causou danos a vários veículos.
Desde cerca das 5h da manhã (3h GMT), o sistema de alertas aéreos emitiu sinais constantes e repetidos, levando as autoridades a orientarem os moradores das regiões norte e central de Israel a se refugiarem em abrigos antiaéreos.
O grupo terrorista libanês informou sobre uma "operação complexa" e afirmou ter disparado "uma salva de mísseis e um enxame de drones explosivos" contra um alvo militar em Tel Aviv. Em comunicado separado, declarou ter lançado "drones explosivos" contra uma base naval em Ashdod, no sul de Israel. Posteriormente, informou que disparou mísseis contra a principal base de inteligência militar israelense, Glilot, nos arredores de Tel Aviv.
Os combatentes do Hezbollah lançaram "uma salva de mísseis" contra a base de Glilot, pertencente à unidade de inteligência militar 8200, afirmou o grupo pró-iraniano em nota. Inicialmente, Israel informou ter interceptado cinco de seis projéteis nas áreas de Dan, Sharon e Menashe. O sexto caiu em uma área desabitada. Mais tarde, relatou disparos de cerca de 55 projéteis contra o norte do país, dos quais vários foram interceptados.
Cessar-fogo
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, pediu neste domingo, durante uma visita a Beirute, um "cessar-fogo imediato" entre Israel e o movimento libanês Hezbollah.
Israel e Hezbollah estão em guerra aberta desde o final de setembro, quando o exército israelense iniciou uma campanha de bombardeios contra redutos da milícia pró-iraniana e operações terrestres no sul do Líbano, após quase um ano de hostilidades transfronteiriças.
"Vemos apenas um caminho possível: um cessar-fogo imediato e a implementação completa da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU", declarou Borrell após se reunir com o presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri.
A resolução 1701 também determinou que as tropas libanesas e a força de manutenção da paz da ONU fossem as únicas forças armadas no sul do Líbano, um dos redutos do Hezbollah. Além disso, instou Israel a retirar suas tropas do território libanês.
Os Estados Unidos apresentaram às autoridades um plano de 13 pontos que prevê um cessar-fogo de 60 dias e o envio do exército libanês para o sul do país. O enviado especial americano, Amos Hochstein, viajou no início da semana ao Líbano e a Israel em busca de uma trégua entre os lados em conflito e mencionou "novos avanços" nas negociações.
(Com informações da AFP e EFE)
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