Suzane Louise Magnani Muniz, ex-Richthofen, que foi condenada a 40 anos de prisão pelo assassinato dos próprios pais em 2002, não avançou para a segunda etapa do concurso público para escrevente técnico do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP). Realizando a prova em setembro deste ano, Suzane concorreu a uma das três vagas ofertadas para o município de Bragança Paulista, onde reside atualmente com o marido e o filho de 9 meses.
O concurso, que exige apenas ensino médio completo, oferece um salário inicial de R$ 6.043 e conta com mais de 500 vagas distribuídas por todo o estado de São Paulo. No entanto, Suzane não obteve a pontuação mínima exigida de 73 pontos em um total de 100. O resultado foi divulgado na última sexta-feira, 22 de novembro, e confirmou que o nome de Suzane não estava entre os aprovados para a segunda fase, que consiste em uma prova prática de digitação. A pontuação exata que ela alcançou, no entanto, não foi revelada.
Atualmente cumprindo pena em regime aberto, Suzane vive em Bragança Paulista, cidade onde também tramita o processo judicial relacionado ao assassinato de seus pais. Em 2023, ela entrou com um pedido formal para retirar o sobrenome “von Richtofen”, o que reflete uma tentativa de reconstrução de sua identidade após sua longa trajetória no sistema penitenciário.
Essa não é a primeira tentativa de Suzane em concursos públicos. Em 2023, ela se inscreveu para o concurso de telefonista na Câmara de Vereadores de Avaré (SP), mas acabou desistindo devido à repercussão negativa de seu caso, que foi amplamente coberto pela mídia após sua libertação do regime fechado, onde cumpriu mais de 20 anos de pena.
GAZETA BRASIL