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Ministério da Defesa demite militar que chamou Lula de "ladrão" e questionou investigação da PF sobre suposta tentativa de golpe

O Ministério da Defesa decidiu exonerar o coronel da reserva Anderson Freire Barboza do cargo de diretor do Curso de Gestão de Recursos de Defesa da Escola Superior de Guerra (ESG), após a divulgação de mensagens nas quais ele questionava a legitimidade do resultado das eleições de 2022 e a atuação da Polícia Federal.


Foto: UOL Notícias

O Ministério da Defesa decidiu exonerar o coronel da reserva Anderson Freire Barboza do cargo de diretor do Curso de Gestão de Recursos de Defesa da Escola Superior de Guerra (ESG), após a divulgação de mensagens nas quais ele questionava a legitimidade do resultado das eleições de 2022 e a atuação da Polícia Federal.

A demissão de Anderson Freire Barboza será oficializada na edição do Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (27).

O coronel da reserva postou em um grupo de WhatsApp que as eleições de 2022 “foram roubadas”, chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “ladrão” e colocou em dúvida a investigação da PF sobre uma suposta trama de golpe liderada por integrantes do Governo Bolsonaro (PL).

“As pessoas estão esquecendo. As eleições foram roubadas sob a liderança de Alexandre de Moraes. Desde a soltura do ladrão até todos os atos perpetrados em favor de Lula na corrida eleitoral”, escreveu o militar na rede social.

A mensagem foi compartilhada na noite de quinta-feira (21) em um grupo com centenas de participantes, incluindo professores e ex-alunos da Escola Superior de Guerra (ESG), instituição vinculada ao Ministério da Defesa, comandado pelo ministro José Múcio. A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo.

Barboza confirmou a autoria da publicação, classificando-a como um desabafo: “Foi um desabafo, porque os militares que conheço entre os 37 citados são profissionais extremamente competentes, o que naturalmente gera um sentimento de tristeza”.

A Polícia Federal indiciou, no mesmo dia, 37 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Entre os indiciados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, os generais Augusto Heleno (ex-chefe do GSI), Braga Netto (ex-ministro da Defesa e vice na chapa de Bolsonaro derrotada em 2022), Paulo Sérgio Nogueira (ex-comandante do Exército) e Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército).

A lista também inclui o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.

O documento enviado pela PF ao Supremo Tribunal Federal (STF) teve seu sigilo levantado pelo ministro Alexandre de Moraes nesta terça-feira (26). No relatório, a corporação afirma que Bolsonaro “planejou, atuou e teve

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