Quatro macacos bugio encontrados mortos no campus da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, foram confirmados como vítimas de febre amarela. Os animais estavam em uma área de mata dentro da instituição e foram localizados na última terça-feira (31). A presença do vírus foi detectada pelo Laboratório de Virologia da universidade, que identificou que os primatas morreram em decorrência da doença.
Para confirmação definitiva, amostras de sangue dos macacos foram enviadas ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo (SP), e o resultado deve ser divulgado nos próximos dias.
Ação preventiva e vacinação de bloqueio
Diante do alerta, a Secretaria de Saúde de Ribeirão Preto anunciou nesta sexta-feira (3) uma campanha de vacinação de bloqueio. O objetivo é prevenir a propagação do vírus e proteger a população, especialmente moradores e frequentadores do campus da USP e de áreas em um raio de até 300 metros.
“Estamos agindo de forma preventiva. A vacinação de bloqueio é essencial para evitar que o vírus atinja seres humanos”, explicou o secretário de Saúde, Maurício Godinho. A prefeitura conseguiu, em menos de 24 horas, 25 mil doses da vacina para a campanha.
Quem deve se vacinar?
A vacinação é recomendada para:
- Adultos que nunca tomaram a vacina.
- Crianças com 9 meses que ainda não receberam a dose de reforço aos 4 anos.
Pessoas que já completaram o esquema vacinal – dose aos 9 meses e reforço aos 4 anos – ou tomaram a vacina após os 5 anos de idade, estão protegidas, segundo as orientações da Secretaria de Saúde.
Mobilização no campus da USP
Equipes de saúde estão realizando a vacinação de forma ativa, orientando e imunizando aqueles que ainda não foram vacinados. O prefeito de Ribeirão Preto, Ricardo Silva (PSD), pediu a colaboração da população.
“Reforçamos o pedido para que todos procurem as equipes de saúde. A febre amarela é uma doença séria, mas que pode ser evitada com a vacina”, afirmou o prefeito.
A febre amarela é uma doença grave que pode ser transmitida por mosquitos em áreas de mata. Sintomas como febre alta, dores musculares intensas e icterícia exigem atenção médica imediata.
GAZETA BRASIL