Um dossiê divulgado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) nesta segunda-feira (27) revela que 122 pessoas trans e travestis foram assassinadas no Brasil em 2024. Segundo a Antra, a vítima mais jovem tinha 15 anos. O perfil das vítimas é majoritariamente de jovens trans negras, empobrecidas, nordestinas e assassinadas em espaços públicos, com requintes de crueldade.
O dossiê destaca que, pelo 16º ano consecutivo, o Brasil continua sendo o país que mais mata pessoas trans no mundo. As mortes de Bianca Castyel, Luane Costa da Silva, Naira Victória Neris, Neuritânia Pacheco, Santrosa, Amanda Eduarda, Wevellyn Marcelly e Jhenifer Luiza estão entre os casos registrados.
Segundo a presidente da Antra, Bruna Benevides, o dossiê é uma ferramenta de denúncia, monitoramento e memória, além de qualificação de dados e informações, e auxilia na elaboração de políticas públicas para erradicação da violência. O estado com maior número de casos foi São Paulo, onde 16 assassinatos ocorreram. Dos assassinatos em 2024, 117 foram contra travestis e mulheres trans/transexuais e 5 contra homens trans e pessoas transmasculinas.
GAZETA BRASIL