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Lula desafia previsões de economistas: "Não acreditem nessa bobagem da macroeconomia"

Durante a assinatura de contratos do Programa de Ampliação da Frota da Petrobras e Transpetro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a contestar projeções que indicam um crescimento modesto para a economia brasileira.

Por Comando da Notícia

24/02/2025 às 18:27:46 - Atualizado há
Foto: Ricardo Stuckert / PR -

Durante a assinatura de contratos do Programa de Ampliação da Frota da Petrobras e Transpetro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a contestar projeções que indicam um crescimento modesto para a economia brasileira. Lula minimizou as previsões que apontam para um avanço do PIB de 2% em 2024 e 1,7% em 2025. "Não acreditem nessa bobagem da macroeconomia", declarou. O presidente mencionou as estimativas que previam um crescimento de 1,5% no ano passado, enquanto o Brasil superou essa marca, atingindo 3,5%. "E podem se preparar, porque vai crescer ainda mais agora", afirmou.

Lula ressaltou que, em 2010, quando deixou a presidência, o Brasil registrava um crescimento econômico robusto de 7,5%, marca que não foi superada nos anos seguintes. Segundo ele, o atual governo tem promovido uma recuperação do emprego e alcançou a menor taxa de desemprego da história. O evento no Rio Grande do Sul simboliza o compromisso da gestão federal em fortalecer a indústria naval e gerar novos postos de trabalho. O contrato, avaliado em R$ 1,6 bilhão, prevê a construção de quatro navios pela Ecovix em parceria com a Mac Laren, com previsão de entrega até 2027. A iniciativa deve gerar 1,5 mil empregos diretos e reativar o Estaleiro Rio Grande, um dos principais polos industriais do país.

Apesar do otimismo presidencial, economistas alertam para desafios que podem comprometer esse cenário. A inflação segue acima da meta estabelecida pelo Banco Central e impacta a política monetária. O Boletim Focus desta segunda-feira (23) revisou a projeção da inflação de 5,60% para 5,65%. Com a taxa Selic mantida em 13,25%, analistas do mercado financeiro projetam uma taxa terminal de 15%, o que pode desestimular o consumo e reduzir investimentos privados.

No discurso, Lula também destacou a proposta de isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil. Ele defendeu a medida afirmando que o dinheiro nas mãos da população impulsiona a economia. "Quando o povo recebe mil reais, ele não vai comprar dólar ou guardar no banco; ele vai gastar com comida, roupa e outras necessidades. E esse dinheiro vai rodar, gerando produção, emprego, comércio e salários", argumentou.

No entanto, economistas alertam que essa política pode gerar pressão inflacionária e aumentar o risco de desequilíbrio fiscal. A previsão do governo é que a isenção do IR resulte em uma perda de arrecadação de R$ 35 bilhões, que seria compensada por uma maior taxação sobre contribuintes de renda alta. "Eu quero ver pouco dinheiro na mão de muitos, e não muito dinheiro na mão de poucos", disse Lula. Contudo, especialistas apontam que a falta de detalhamento sobre como essa compensação será feita gera preocupação no mercado financeiro.

Fonte: GAZETA BRASIL
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