Um incêndio de grandes proporções atingiu moradias em uma ocupação próxima à Cracolândia, no centro de São Paulo, na manhã deste domingo (9).
Um incêndio de grandes proporções atingiu moradias em uma ocupação próxima à Cracolândia, no centro de São Paulo, na manhã deste domingo (9). O incidente ocorreu na “favela dos Gusmões”, localizada na Rua dos Gusmões, 236, no bairro Santa Ifigênia.
As chamas tiveram início por volta das 9h e foram controladas pelo Corpo de Bombeiros ao meio-dia, sendo extintas completamente uma hora depois. Apesar da intensidade do fogo, não houve registro de feridos.
O incêndio consumiu diversas moradias, principalmente um conjunto de barracos de madeira, que foram rapidamente tomados pelas chamas. Imagens feitas por moradores da região mostram a destruição causada pelo fogo. Segundo Levi Gama, orientador socioeducativo de um centro social da prefeitura na área, a rápida propagação das chamas se deve ao material de construção dos barracos.
Cerca de 74 famílias que residem na ocupação vivenciaram momentos de desespero, com gritos e a presença da polícia no local para auxiliar durante o combate ao incêndio. Elida Michele, moradora da ocupação, relatou que conseguiu escapar com suas duas filhas, seus gatos e mochilas contendo documentos.
Após o incêndio, funcionários de um centro de assistência social do município estiveram no local para prestar apoio às famílias, distribuindo água e encaminhando-as para o restaurante Bom Prato da região.
O subprefeito da Sé, Coronel Camilo, informou que pelo menos 15 moradias foram totalmente destruídas e outras se tornaram inabitáveis. A área será interditada e as famílias receberão um auxílio emergencial da prefeitura no valor de R$ 1.000, destinado a cobrir despesas com hospedagem e alimentação. “Elas não devem voltar para aí. A ideia é, entre terça e quarta-feira, agilizar o aluguel social para elas”, disse o subprefeito.
A prefeitura e o governo do estado já planejavam remover as famílias da ocupação. De acordo com o subprefeito, a área faz parte de um convênio estadual para a construção de moradias populares pela CDHU, e o cadastro das famílias para a realocação já está concluído.