O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira que seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, está convidado a retornar à Casa Branca, dando por encerrada a discussão que tiveram em seu último encontro.
“Claro, é claro”, respondeu Trump ao ser questionado pela imprensa nos jardins da Casa Branca sobre se convidaria Zelensky a voltar. Ele também disse que provavelmente conversaria com o presidente Vladimir Putin nesta semana para avançar nas negociações de paz.
O presidente se manifestou assim após o governo ucraniano aceitar, nesta terça-feira, após uma reunião com uma delegação dos Estados Unidos na Arábia Saudita, uma proposta de Washington para que tanto a Ucrânia quanto a Rússia declarassem uma trégua de 30 dias.
Na reunião, os Estados Unidos se comprometeram a retomar o fornecimento de ajuda e informações militares à Ucrânia após a decisão de Trump de interromper o envio de armamentos como medida de pressão sobre Kiev para que aceitasse negociar um cessar-fogo com a Rússia.
Trump afirmou à imprensa que há “uma grande diferença” entre o acordo feito nesta terça-feira e “o que foi visto” no último encontro na Casa Branca, no final de fevereiro, quando Trump acusou Zelensky de não estar preparado para a paz.
Além disso, Trump expressou nesta terça-feira sua esperança de que o presidente russo, Vladimir Putin, concorde com a declaração de trégua que já foi aceita pela Ucrânia.
“O mais importante é que a Ucrânia acabou de aceitar um cessar-fogo. Agora temos que ir até a Rússia e esperar que, com sorte, o presidente Putin também aceite. Assim, poderemos colocar isso em prática”, afirmou.
O acordo entre Ucrânia e Estados Unidos foi anunciado na declaração conjunta assinada por ambas as partes após a reunião das respectivas delegações, ocorrida nesta terça-feira em Jidá (Arábia Saudita).
Ambos os países também se comprometeram a assinar “o mais rápido possível” um acordo para a exploração conjunta de recursos minerais ucranianos.
Dessa forma, o país invadido pela Rússia receberia garantias de “prosperidade e segurança a longo prazo”, e os Estados Unidos recuperariam o dinheiro gasto no envio de armamento à Ucrânia durante a guerra.
A assinatura desse acordo foi frustrada no dia 28 de fevereiro devido à inédita discussão que Zelensky teve com Trump e com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, diante das câmeras de televisão no Gabinete Oval da Casa Branca.
(Com informações da AFP e EFE)
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