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Cientistas descobrem rota perigosa do herpes para o cérebro durante sexo oral, que pode levar à demência

Pesquisadores da Universidade de Chicago descobriram uma conexão alarmante entre o vírus do herpes e o cérebro, após investigar a transmissão do vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1), principal causador do herpes oral.

Por Comando da Notícia

15/03/2025 às 14:59:58 - Atualizado há
Foto: Portal Gov.br

Pesquisadores da Universidade de Chicago descobriram uma conexão alarmante entre o vírus do herpes e o cérebro, após investigar a transmissão do vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1), principal causador do herpes oral. De acordo com o professor Deepak Shukla, líder da pesquisa, o vírus pode viajar até o cérebro, ao ser transmitido por contato com a área nasal durante o sexo oral.

O estudo, publicado pela primeira vez na revista científica mBio, revelou que o HSV-1, presente em cerca de quatro bilhões de pessoas ao redor do mundo, pode causar complicações graves, incluindo inflamação cerebral e danos a longo prazo, como demência. A infecção pode se espalhar para o cérebro através da região nasal, criando um “corredor” direto para o sistema nervoso central.

“Qualquer posição durante o sexo oral que faça com que o nariz de uma pessoa entre em contato com partículas do HSV-1, de um parceiro que esteja ‘eliminando’ o vírus, apresenta risco”, alerta Shukla. Embora o herpes oral seja transmitido principalmente através do contato com feridas ativas ou saliva, o estudo indicou que o contato direto com feridas genitais ou orais também pode provocar infecção.

O professor destacou a descoberta de uma enzima no corpo humano, chamada heparanase (HPSE), que pode amplificar os danos no cérebro. Em condições normais, a HPSE ajuda a limpar células danificadas, mas quando o HSV-1 invade o cérebro, ela pode causar inflamação excessiva e danos a longo prazo.

“Há uma enzima chave no corpo humano, chamada heparanase, que pode tornar essas infecções particularmente devastadoras para a saúde cerebral”, afirmou Shukla. Os experimentos mostraram que a HPSE, ao ser sequestrada pelo vírus, intensifica a inflamação e provoca danos no cérebro.

Embora os casos de encefalite herpética, uma inflamação do cérebro causada pelo HSV-1, sejam raros, afetando de dois a quatro em cada milhão de pessoas com o vírus, o professor Shukla acredita que o número de casos não relatados de herpes nasal seja consideravelmente maior. Em experimentos com camundongos, a equipe de Shukla observou que animais infectados pelo vírus, com níveis normais de HPSE, apresentaram danos cerebrais severos e inflamação significativa.

Os cientistas descobriram que os camundongos com níveis normais de HPSE tinham mais células mortas no cérebro, mais inflamação e mais células imunes (microglia) no bulbo olfatório, que é o centro do olfato no cérebro e ponto de entrada do nariz.

“O dano nervoso é certo quando o HSV-1 entra pelo nariz, e os efeitos são de longo prazo, o que é alarmante”, afirmou Shukla, destacando que os resultados podem indicar um risco crescente à medida que o vírus continua a se espalhar.

Embora os casos de encefalite herpética sejam incomuns, o impacto potencial do HSV-1 no cérebro é uma preocupação crescente, exigindo mais estudos para entender os riscos e possíveis complicações de sua transmissão para o sistema nervoso central.

Fonte: GAZETA BRASIL
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