“O problema é que esse gás não está mais disponível: a Rússia, principal fornecedora, cortou quase todo o fluxo de gás para a Europa. Isso fez com que usinas termelétricas, que estavam para ser desativadas, continuassem operando, e outras, movidas a óleo e carvão, voltassem a operar, em tentativa de resolver, ao menos parcialmente, os graves problemas que a Europa vem enfrentando em relação ao suprimento de energia.”
Segundo o professor, a falta de disponibilidade do gás natural, enquanto combustível de transição, deve levar a Europa ao não cumprimento das metas previstas.
“O importante para a Europa, agora, é rediscutir essas metas e encontrar novas fontes de baixa ou nenhuma emissão de carbono, e isso coloca em perspectiva, embora não tenha sido comentada ainda, a retomada do uso da energia nuclear”, comenta Cortês.
“Eu, particularmente, não considero essa uma solução adequada por causa do poder de contaminação que a energia nuclear tem, mesmo quando não utilizada.”
Confira a entrevista na íntegra no vídeo acima.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Questão energética na Europa deve ser principal pauta da COP27, diz professor no site CNN Brasil.