Há onze dias, um grupo de manifestantes contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em vigília em frente ao Quartel Militar do Comando do Sudeste, na zona sul da capital paulista. Eles cantam o hino nacional, balançam bandeiras do Brasil e pedem intervenção militar no governo do Brasil. Segundo a assessoria de comunicação do comando militar, apesar da aglomeração de pessoas, não há prejuízo às atividades do quartel. Em Brasília, manifestantes pela mesma causa também seguem acampados em frente ao quartel do exército no setor militar-urbano. Os organizadores estimam que 20 mil pessoas ocupem o local. O grupo ganhou reforço nesta quarta-feira, 9, de cerca de 100 caminhoneiros de várias regiões do país. Segundo o Comando Militar do Planalto, o acesso de veículos à região continua liberado, com possibilidade de fechamentos momentâneos, mediante avaliação dos órgãos de trânsito.
Não há mais bloqueios ou interdições em rodovias federais, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Na última quarta, em entrevista a uma rádio de Florianópolis, o procurador-geral de justiça de Santa Catarina, Fernando Comin, afirmou que foram identificados 12 nomes de financiadores de bloqueios nas estradas do Estado. São empresários e políticos. Pelo menos um vereador estaria no grupo. Os nomes não foram divulgados, já que a investigação é sigilosa. Eles foram entregues na terça para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, em reunião em Brasília.
*Com informações da repórter Carolina Abelin