A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) está investigando relatos de mísseis russos em território polonês, disse um alto funcionário da aliança militar transatlântica nesta terça-feira (15).
“Estamos investigando esses relatórios e em estreita coordenação com nossa aliada Polônia ”, disse o funcionário à AFP, que pediu anonimato.
Por outro lado, o Pentágono mostrou- se cauteloso na terça-feira sobre as possíveis consequências de um ataque russo na Polónia, perto da fronteira com a Ucrânia, com duas mortes, que de momento não conseguiu confirmar.
O porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, brigadeiro-general Pat Ryder, indicou em coletiva de imprensa que seu país está avaliando as informações veiculadas na mídia. “Não tenho nenhum dado que comprove que houve um bombardeio de mísseis” em solo polonês, disse Ryder.
Segundo a mídia, pelo menos duas pessoas morreram na terça-feira devido ao impacto de um projétil russo na cidade polonesa de Przewodów, na província de Lublin (leste).
Em resposta a uma pergunta sobre qual seria a reação dos EUA caso o ataque contra a Polônia, que é membro da OTAN, se confirmasse, o porta-voz não quis especular sobre hipóteses, mas destacou os “compromissos de segurança” de seu país e com o Artigo V da Aliança Atlântica, de defesa coletiva. “Deixamos mais do que claro que defenderemos cada centímetro do território da OTAN”, alertou.
Nesta terça-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg , exortou também a “não subestimar” a Rússia , apesar do avanço das tropas ucranianas. “Todos saudamos o progresso que as forças ucranianas fizeram nos últimos dias, em particular com a libertação de Kherson. Isso se deve à coragem das forças armadas ucranianas”, disse Stoltenberg à imprensa ao chegar a um Conselho de Ministros da Defesa da União Europeia (UE), do qual participa como convidado. No entanto, o político norueguês pediu ao mesmo tempo “para não cometer o erro de subestimar” Moscou.
“A Rússia mantém capacidades militares significativas, um grande número de tropas. Vimos que a Rússia está disposta a sofrer muitas baixas e também vimos, especialmente nas áreas que foram libertadas, como brutalizou civis nesses territórios”, alertou Stoltenberg.
Com informações da AFP e EFE