Os estimulantes são substâncias que aceleram ações no sistema nervoso central e tem sido utilizados sem prescrição médica por pessoas que desejam melhorar o rendimento em atividades que exigem longos períodos de concentração. Profissionais do mercado financeiro e empresarial têm adquirido os remédios para suportar longas jornadas de trabalho. Porém, o uso desenfreado desses medicamentos tem feito os produtos desaparecerem das prateleiras das farmácias e os poucos que são encontrados estão bem mais caros devido à alta demanda. Os remédios são utilizados geralmente para déficit de atenção e hiperatividade e atuam no cérebro para diminuir a impulsividade e aumentar o foco, mas o uso abusivo desses fármacos pode causar prejuízos à saúde. Em entrevista à Jovem Pan News, o médico e psicólogo Roberto Debski indicou os perigos de ingerir os remédios sem prescrição médica.
“Primeiro, a própria dependência. As pessoas costumam utilizar por bastante tempo os medicamentos. Rotineiramente e de uma maneira contínua ele pode trazer problemas. Como são medicamentos anfetamínicos e estimulantes, eles podem trazer alterações do ritmo cardíaco, da pressão arterial, problemas gastro-intestinais e problemas neurológicos e psiquiátricos. Uma pessoa que tenha pré-disposição pode desencadear um transtorno do pânico, ansiedade, alterações de sono e até mesmo uma crise psicótica se a pessoa tiver essa pré-disposição e não tenha consciência disso”, explicou o especialista. A comunidade científica alerta que psicoestimulantes sem indicação podem piorar o estado mental e agravam quadros de irritação. A recomendação é que um médico prescreva a droga correta e acompanhe o paciente no tratamento.
*Com informações do repórter Daniel Lian