Além de Mato Grosso, a PF faz buscas nos estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Paraná e Santa Catarina.
Mato Grosso está na lista de estados em que a Polícia Federal cumpre 81 mandados de busca e apreensão contra envolvidos em manifestações que incluem bloqueios em rodovias e pedidos de golpe militar.
As medidas foram ordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Moraes também preside o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Além de Mato Grosso, a PF faz buscas nos estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Paraná e Santa Catarina.
Além das buscas, Moraes também ordenou o bloqueio de redes sociais de diversos alvos e contas bancárias dos investigados.
A lista dos alvos não foi divulgado pela Polícia Federal até o momento.
Mato Grosso tem sido um dos epicentros dos atos que tiveram origem após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) e vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No último dia 7, Moraes já havia multado em R$ 100 mil os proprietários dos caminhões identificados pelas autoridades de Mato Grosso envolvidos em atos.
Moraes também tornou esses veículos indisponíveis —ou seja, proibiu a sua circulação e bloqueou seus documentos. A decisão ocorreu após ele ter determinado a adoção de providências para o desbloqueio de rodovias e espaços públicos no estado.
Reportagem da Folha revelou que caminhões usados em bloqueios antidemocráticos de estradas e avenidas do Centro-Oeste contra a eleição de Lula já estiveram envolvidos em crimes como tráfico de drogas, contrabando e crime ambiental registrados pela polícia.
As informações constam de documento enviado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) ao STF a partir do levantamento de placas dos veículos que participaram de um comboio organizado por manifestantes em Cuiabá no dia 5 de novembro.
Outro caso envolvendo Mato Grosso diz respeito a prisão do pastor evangélico e indígena José Acácio Serere Xavante, 42, conhecido como Cacique Tserere, acusado por suposta prática de condutas ilícitas em atos com pautas antidemocráticas, mediante a ameaça de agressão e perseguição do presidente eleito Lula.
Horas após a diplomação de Lula, a ordem de prisão expedida por Moraes contra o indígena acabou em atos de violência em frente à sede da Polícia Federal e em vias de Brasília.