Polícia Militar afirmou, por meio de nota, que gravação teria ocorrido em setembro deste ano.
A Polícia Militar afirmou que não recebeu chamado pelo 190 para atender a situação de violência doméstica, na noite de sábado (10), em Lucas do Rio Verde, quando a professora Valerie Angelita Petroneto acabou assassinada pelo seu namorado, Bruno dos Santos Diesel.
Em nota, publicada no site da corporação, a PM afirmou ainda que o vídeo divulgado nas redes sociais com gritos supostamente da professora pedindo socorro seria uma "possível fake news", pois a gravação é antiga.
"Apurações preliminares apontam que a gravação teria ocorrido em setembro deste ano. Além disso, a investigação do caso ocorre fora do âmbito da Polícia Militar", diz trecho da nota.
A PM afirmou também que apura se alguma ocorrência de violência doméstica não tenha sido atendida por algum policial.
Entenda
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra gritos de uma mulher sendo agredida pelo marido. A gravação é atribuída à professora Valerie Angelita Petroneto.
"Meu marido está querendo me matar, socorro, socorro, socorro! Ele está com uma faca. Alguém chama a Polícia", grita a mulher no vídeo.
Feminicídio
A professora Valerie Angelita Petroneto, 48 anos, foi encontrada morta na manhã de terça-feira (13), dentro de sua casa, no bairro Jardim das Palmeiras, em Lucas do Rio Verde. A apuração mostra que ela foi morta na noite de sábado (10), pelo seu namorado, Bruno dos Santos Diesel, 26 anos.
Bruno foi preso em Dourados (MS), enquanto tentava fugir para o Paraná. Ele confessou o crime e relatou que continuou convivendo no imóvel mesmo com a professora morta.
Histórico de violência
De acordo com a Polícia Civil, Bruno e Valerie tinham um relacionamento conturbado. O homem tinha histórico de violência doméstica contra a vítima, com agressões constantes.
A professora já havia registrado boletim de ocorrência anteriormente e a delegacia de Lucas do Rio Verde havia instaurado um inquérito policial por lesão corporal no âmbito doméstico contra ela.
Bruno chegou a ser preso em flagrante e remetido ao Judiciário. Valerie continuou com medida protetiva de urgência por seis meses, desde janeiro deste ano. Conforme a polícia, no final de julho ela comunicou que não havia mais necessidade de continuidade.