Nas últimas 48 horas, chefes das pastas federais se desentenderam sobre os rumos da gestão petista; Simone Tebet e Fernando Haddad, bem como Carlos Lupi e Rui Costa, passaram informações conflituosas
Após uma série de informações conflituosas serem transmitidas pelos ministros da gestão petista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou a sua agenda oficial para os trabalhos de amanhã, sexta-feira, 6. O encontro entre os chefes das pastas começará às 09h30 no Palácio do Planalto e, de acordo com o mandatário, "só tem horário para começar". Trata-se da primeira reunião ministerial da nova gestão federal e a expectativa é alinhar os anúncios para aparar arestas e estabelecer um caminho de comunicação e gestão entre os servidores. Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia dito que 30 dias de isenção de impostos sob combustíveis seriam suficientes, no entanto, Lula determinou a prorrogação por mais 60 dias – o dobro de tempo afirmado pelo ex-prefeito de São Paulo. A recém-empossada ministra do Planejamento, Simone Tebet, pontuou em seu discurso as diferenças econômicas existentes entre ela, Haddad, Geraldo Alckmin – vice-presidente e ministro da Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – e Esther Dweck – ministra da Gestão. Carlos Lupi, ministro da Previdência Social, também havia afirmado que desejava rever a "antirreforma" realizada em governos anteriores, mas os ministros da Casa Civil e das Relações Institucionais, Rui Costa e Alexandre Padilha, rechaçaram qualquer possibilidade de revisão ou mudança na atual legislação. Lula também deverá solicitar aos ministros que apresentem medidas que possam ser adotadas já nos primeiros 100 dias para destravar o país, em especial nas áreas de infraestrutura e ações sociais.