Até a manhã desta quarta-feira (11), já foram 670 pessoas identificadas.
Os barra-garcenses liberados após a triagem realizada pela Polícia Federal em Brasília já estão de volta a Barra do Garças. Eles participaram da manifestação ocorrida no domingo (08) e foram encaminhados a Academia da Polícia Federal com o fim do acampamento montado em frente o QG do exército. Apenas 6 permanecem na capital Federal, sendo que uma mulher, Alessandra Cristiane dos Santos Nascimento, aparece na lista da Polícia Federal entre as pessoas presas pelo ataque aos prédios dos três poderes em Brasília.
Além da barra-garcense, a lista tem outros 9 nomes de MT: Jairo de Oliveira Costa (Campo Verde), Jean de Brito da Silva (Sinop), João Batista de Castro (Primavera do Leste), Juvenal, Alves Correa de Albuquerque (Cuiabá), Edineia Paes da Silva dos Santos (Nova Mutum) e Neli Ferronato Pelle (Sorriso).
A relação foi divulgada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF), após decisão da Justiça.
Segundo a Seape, 1.028 detidos já ingressaram no sistema prisional do DF, até a manhã desta quarta. Do total, 637 homens foram levados ao Centro de Detenção Provisória 2, no Complexo da Papuda. Outras 391 mulheres foram encaminhadas à Penitenciária Feminina do DF.
Em entrevista na manhã desta quarta-feira (11) na Rádio Aruanã FM, o advogado Dr. Paulo Mayruna, que acompanhou a situação do grupo que foi em um dos ônibus, confirmou que retornaram a Barra do Garças, e que, segundo ele não assinaram termo circunstanciado de ocorrência (TCO), ou seja, foi reconhecido que não participaram dos atos de vandalismo ou invasão dos prédios do congresso nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal,
"Nós acompanhamos a distância mas percebemos que foi reconhecido que participaram de forma pacífica da manifestação e por isso foram ouvidos e liberados, tanto que voltaram de Brasília e estão em suas casas", frisou.
Dr. Paulo Mayruna criticou ainda as decisões do Ministro Alexandre de Moraes e que as pessoas relataram maus tratos,
"Há sim um exagero em algumas decisões do Ministro Alexandre de Moraes e as pessoas que foram mantidas na Academia de Polícia Federal, relataram maus tratos, faltando água, comida, assistência médica, com muitos passando mal", disse.
Sobre a situação dos manifestantes que retornaram e a possibilidade de novos protestos, o advogado respondeu, "É um direito que está previsto na constituição e desde que seja feita de forma pacífica sem depredação é permitido, porém, diante de tudo o que aconteceu, estas pessoas naturalmente estão abaladas, com medo por tudo que passaram, mas estão bem e já em casa", finalizou.
Informações dão conta que além deste grupo de 20 pessoas, outros moradores da região ainda estão em Brasília, que foram até a capital Federal em outros ônibus ou em carros particulares.
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