Quem está com queda acentuada de cabelo, ou já sente que alguns pontos da cabeça com redução dos fios, pode investir na ledterapia. Também chamada de fotobiomodulação, a técnica usa as luzes de led, uma irradiação eletromagnética, para combater os processos inflamatórios das células do couro cabeludo.
“Elas aumentam a produção de ATP (adenosina trifosfato) nas células, que elevam a energia, estimulando fatores de crescimento e a função genética”, comenta o médico tricologista Julio Pierezan, especializado em cirurgia de Transplante Capilar.
De acordo com o especialista, o procedimento pode ser indicado para pacientes com alopecia androgenética (também chamada de calvície) e eflúvio telógeno (aumento da queda diária de fios de cabelo). “Pode ser realizada antes da microinfusão de medicamentos na pele (MMP) ou da mesoterapia, para potencializar os resultados”, afirma.
Ledterapia também é indicada para quem fez transplante capilar (Imagem: Shutterstock)Segundo o especialista, essa técnica é uma ótima recomendação para quem fez transplante capilar, para estimular a área doadora e a cicatrização. “As luzes vão ativar o colágeno, que vai ajudar a reparar o tecido. Sem contar que acelera esse processo de cura. Após o transplante, a ledterapia também contribui para diminuir a inflamação, minimizar a dor e o inchaço”, argumenta Julio Pierezan.
Funciona assim: um capacete com luzes de led é colocado na cabeça do paciente por um determinado tempo. “Ele estimula a circulação sanguínea, melhorando a absorção de nutrientes. Dessa forma, os folículos pilosos começam a crescer, inclusive pode até mesmo aumentar a espessura do fio e o volume capilar”, revela o especialista, que é membro da Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC) e da World FUE Institute.
O tempo com o capacete na cabeça pode durar em torno de sete minutos e o intervalo entre as sessões vai depender da causa. Pode variar de duas vezes por semana ou até ser diário, mas por um período determinado. “A pessoa não sente dor ou qualquer desconforto. E os resultados já são visíveis a partir da terceira sessão”, afirma Julio Pierezan, que complementa: “Se a pessoa ficar além do tempo ou não tiver indicação para usar, aí sim pode ter efeito contrário, como acabar estimulando ainda mais a queda.”