Mato Grosso PREPARE O BOLSO

Conta de luz deve ficar 9,36% mais cara em MT a partir de abril

Foram propostos o reajuste das tarifas aos consumidores nos seguintes índices: 9,71% aos consumidores de baixa tensão e 8,54% aos consumidores de alta tensão, dando a média de 9,36% de reajuste.

Por Comando da Notícia

10/02/2023 às 12:51:32 - Atualizado há

A energia elétrica em Mato Grosso pode ficar até 9,36% mais cara ao consumidor a partir de 08 de abril. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promoveu audiência pública para debater a Revisão Tarifária Periódica da Energisa Mato Grosso, na tarde desta quinta-feira (9), no auditório da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt).

Foram propostos o reajuste das tarifas aos consumidores nos seguintes índices: 9,71% aos consumidores de baixa tensão e 8,54% aos consumidores de alta tensão, dando a média de 9,36% de reajuste.

O diretor do Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso (Sindenergia), Carlos Alberto Rocha, requereu que o reajuste fique em torno de 4% a 5%, assim como ocorreu em Campo Grande (MS). Rocha também é representante da indústria no conselho dos consumidores.

"Entendemos que sair de 10% para 4% é uma batalha difícil, mas se ficar em torno de 5% será uma grande vitória para o setor produtivo, já que qualquer reajuste não é bem-vindo na atualidade, tendo em vista que aproximadamente 60% das famílias matogrossenses estão endividadas. Além disso, temos os desafios de conseguir incentivos para a indústria, de atender ao agronegócio, que lá na ponta tem dificuldade de conexão, de ter mais investimentos na rede de distribuição elétrica do estado, pois ela está bastante comprometida", afirmou.

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Rocha reconhece que houve investimentos da concessionária na geração e na transmissão, mas qualquer reajuste impactará os consumidores residenciais, comerciais e industriais. Além de sentir a conta mais cara na residência, o consumidor vai ter impacto quando for comprar produtos nos supermercados, pois parte do aumento do custo do comércio e da indústria será repassada ao preço final.

"Se você comprar um bolo no supermercado ou na padaria, deve-se lembrar que foi utilizada a farinha para fabricá-lo e ela é industrializada com o consumo de energia. Sendo assim, em ambos os estabelecimentos houve custos com eletricidade, impactando assim no custo de vida de todos".

O diretor do Sindenergia alertou ainda que o custo de energia também poderá trazer prejuízos na geração de empregos e na tomada de decisão de novos investimentos em Mato Grosso, levando investidores a buscarem outros estados com custo menor em energia elétrica.

O presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager-MT), Luis Alberto Nespolo, destacou que os reajustes anuais estão previstos em contrato, assim como ocorre com alugueis e salários.

A Ager não tem influência sobre as questões financeiras e econômicas da tarifa da energia, mas mantém parceria com a Aneel na função complementar da fiscalização da geração e distribuição de energia em Mato Grosso.

"A Aneel abriu o cálculo para a sociedade e até o dia 17 de fevereiro está aberta a sugestões sobre a Revisão Tarifária. Após o prazo, uma sessão da diretoria vai proceder sobre o aumento e qual o índice para a correção que deve entrar em vigência a partir de 8 de abril".

Os índices definitivos sobre a revisão tarifária serão fechados no dia 4 de abril, conforme informado pelo diretor da Aneel, Ricardo Tili.

"A distribuidora fica com 35% do valor pago pelo consumidor na conta de energia e ela obtém lucro por meio dos investimentos que faz. A outra fonte de lucro que a concessionária tem é pela eficiência", explicou.

Já a Energisa disse que, dentro do percentual proposto, a parcela referente à Energisa prevê um impacto negativo de -3,55% na revisão, ou seja, a parcela que fica com a distribuidora está reduzindo. A empresa ressalta, ainda, que o percentual final da revisão será definido somente em abril, quando passa a valer a nova tarifa.

Fonte: Estadão Mato Grosso
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