Sem condições financeiras para custear o traslado dos corpos de três vítimas da chacina que deixou sete pessoas mortas na terça-feira (21), em um bar de sinuca de Sinop (a 513 km de Cuiabá), familiares precisaram fazer 'vaquinha' para arrecadar o dinheiro necessário. Getúlio Rodrigues Frazão, de 36 anos, e a filha, Larissa Frazão de Almeida, de 12, serão enterrados em Governador Nunes Freire (MA). Já Elizeu Santos da Silva, de 47, que chegou a ser socorrido em estado grave e morreu no Hospital Regional de Sinop, será enterrado em São João do Ivaí (PR), onde a família mora. Ainda não há previsão de data e horário do velório ou enterro das vítimas que terão os corpos levados para outros estados.
Em Sinop foram enterradas três das vítimas: Orisberto Pereira Souza, 38; Adriano Balbinote, 46; Maciel Bruno de Andrade, 35. Maciel também era natural do Maranhão e se mudou para Sinop em busca de melhores condições de trabalho. Nas redes sociais, familiares lamentaram o fato de Maciel foi assassinado na cidade que amava e mudou sua vida: "estava tão empolgado me falando do quanto amava Sinop e o quanto Sinop mudou sua vida... Ontem, nessa mesma cidade, você foi tirado de nós, tirado de forma brutal, de maneira fútil". Maciel foi enterrado na manhã desta quinta-feira (23), no Cemitério de Sinop, e deixou esposa. O vendedor de frutas Josué Ramos Tenório, de 38, que estava em Sinop a trabalho será enterrado em Rondonópolis (a 214 km de Cuiabá), onde a esposa mora atualmente. Natural de Fátima do Sul (MS), Josué tinha costume de viajar para as cidades do interior de Mato Grosso para acompanhar a venda das frutas que fornecia. O corpo de Josué está sendo velado nesta quinta-feira (23), em Rondonópolis. Adriano Balbinoti, de 46, foi enterrado no final da tarde desta quarta-feira (22), no Cemitério de Sinop. O enterro de Orisberto Pereira de Souza, de 38, está previsto para acontecer nesta quinta-feira (23), também em Sinop. Responsável por chacina morto em confronto com BopeEzequias Souza Ribeiro, de 27 anos, que ajudou a encurralar as vítimas da chacina perto de uma das paredes do bar, onde foram executadas a tiros de espingar pelo comparsa Edgar Ricardo de Oliveira, foi morto em confronto com o Bope no final da tarde desta quarta-feira (22). Durante a manhã do mesmo dia, os policiais já haviam encontrado a caminhonete e uma das armas usadas no crime. Ezequias foi encontrado escondido em uma área de mata, onde entrou em confronto direto com policiais do Bope e morreu.Após a morte do comparsa, o advogado Marcos Vinicius, responsável pela defesa de Edgar, afirmou que o autor do massacre se entregaria à Polícia Civil. Ele foi preso na manhã desta quinta-feira (23). De acordo com a defesa, ele afirmou que não tinha intenção de atirar em Larissa. A mãe da menina e um primo dela também estavam no bar com Getúlio, mas sobreviveram ao massacre. O crime foi registrado por uma das câmeras de segurança do estabelecimento. Os autores teriam executado as vítimas após perderem dinheiro com apostas em partidas de sinuca no local.