Em depoimento à polícia, os pais de Ágata Tauane da Silva Soares, de 3 anos, morta a tiros em um bar de Barra do Bugres, a 169 km de Cuiabá, no último domingo (19), negaram que a criança foi feita de escudo, por Emerson José Santos Silva, de 33 anos, no momento dos tiros.
A dona de casa Marciana da Silva, mãe de Ágata, havia afirmando que conhecia Emerson e que ele fez a filha de escudo no momento dos tiros.
"Ele a fez de escudo. Ele a jogou na frente e a bala pegou no coração dela. Ele foi um covarde", disse a mãe.
Porém, ao serem ouvidos pelo delegado, os pais da criança mudaram essa versão e afirmaram que, na verdade, Ágata não foi usada como escudo.
Ela foi socorrida pelos pais e levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. No caminho, ela ainda teria conversado com a mãe, mas morreu logo depois. Marciana e o marido tem outros três filhos, de 2, 6 e 7 anos.
Emerson passou por audiência de custódia nessa quarta-feira (23), em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá. Diante da nova versão dos pais, a juíza Cristhiane Trombini Puia Baggio, manteve a prisão de Emerson após ele ter afirmado que a motivação da tentativa de assassinato foi uma dívida de drogas e a mudança dele de uma facção criminosa.
Ele foi preso na segunda-feira (20) e resistiu à prisão com socos e chutes contra os policiais militares.
O caso
Uma câmera de segurança da região registrou o momento em que dois homens armados descem de um carro e correm na direção do bar. Enquanto isso, um terceiro homem que estava dirigindo aguarda no veículo.
O suposto "alvo" dos criminosos conseguiu correr do bar e se esconder. Um dos suspeitos dos disparos correu atrás dele, enquanto o comparsa fugiu junto com o motorista do carro.
Equipes da Polícia Militar fizeram buscas para tentar localizar os criminosos. Apenas o carro usado por ele foi encontrado em uma área de mata da cidade.
G1/MT