Ele foi preso em janeiro de 2022 com R$ 537 mil
O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia Freitas Bezerra, manteve a prisão de Filipe Antônio Bruschi, conhecido como "Loirão", e que faria parte da facção criminosa "Comando Vermelho". Ele foi preso em janeiro de 2022 com R$ 537 mil em dinheiro. Em decisão do último dia 3 de março, o juiz explicou que a manutenção da custódia era necessária para manter o núcleo da facção criminosa fora de operação.
"Restou demonstrada, no decreto prisional, a imperiosidade da imposição da prisão preventiva para a salvaguarda da ordem pública, em decorrência, sobretudo, da gravidade in concreto dos ilícitos supostamente perpetrados por FILIPE, apontado como integrante do Comando Vermelho na função de 'Recolhe' e responsável por questões atinentes à contabilidade da facção", explicou o magistrado.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado (MPMT), "Loirão" foi preso em janeiro de 2022 flagrado pelas forças de segurança com R$ 537 mil, uma máquina de contar dinheiro, além de anotações. Na época, ele era estudante de Direito de uma universidade particular de Cuiabá, e se passava por um advogado - inclusive com uma carteira válida da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) -, para ter acesso facilitado a presos da facção.
No início de fevereiro de 2023, Filipe Antônio Bruschi teve negado pelo Poder Judiciário Estadual um pedido para realizar a prova de admissão na OAB.
A mesma quadrilha, segundo as investigações, também possui como membro Luelson Leandro Curvo, apontado como "contador" da facção. Ele é suspeito de movimentar R$ 10 milhões em recursos do crime organizado, segundo informações reveladas pela operação "Mandatário".
Ainda de acordo com o MPMT, a liderança do núcleo da facção era exercida por Jonas Souza Gonçalves, o "Batman".