Casos foram registrados em CĂĄceres, CuiabĂĄ e Lucas do Rio Verde. Dois foram presos e um afastado.
Entre a Ășltima sexta-feira (24) e segunda-feira (27) trĂȘs professores da rede pĂșblica de Mato Grosso foram acusados de assédio e abuso sexual contra crianças, dois foram presos e um apenas afastado. Dois casos foram na rede estadual, e um deles foi na municipal. Isso ligou um alerta aos pais, que ficaram preocupados com a situação.
O primeiro caso divulgado, ocorreu em CĂĄceres (225 km de CuiabĂĄ). Um professor da Escola Estadual Professor Joao Florentino Silva Neto, localizada no Distrito do Caramujo, foi afastado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) acusado de assediar sexualmente quatro meninas com idades de 10 e 11 anos. Um inquérito na PolĂcia Civil foi aberto.
Outro caso aconteceu em Lucas do Rio Verde (354 km de CuiabĂĄ). O professor foi preso pela PolĂcia Civil acusado de praticar abusos contra ao menos trĂȘs crianças de 8 anos, dentro de uma escola da rede municipal. Ele foi afastado pela Secretaria Municipal de Educação da cidade.
O terceiro caso foi em CuiabĂĄ. O docente acabou preso em flagrante pela PolĂcia Militar após assediar uma aluna dentro da sala de aula, na Escola Estadual Diva Hugueney de Siqueira Bastos. Ele também foi afastado do cargo pela Seduc.
O Repórter MT conversou com lĂder do NĂșcleo de Mediação Escolar da Seduc, PatrĂcia Carvalho. Para ela, as denĂșncias aconteceram graças aos trabalhos do nĂșcleo, que faz o trabalho preventivo nas unidades escolares do estado.
"O que provocou as denĂșncias recentes é o trabalho preventivo que a gente vem fazendo nas unidades escolares. As crianças estão se sentindo seguras em falar, as famĂlias estão percebendo também que isso não é normal", explica.
Ainda segundo PatrĂcia, o trabalho do nĂșcleo continua também após as denĂșncias, jĂĄ que é oferecido apoio profissional para as vĂtimas. "Se infelizmente existem as denĂșncias, nós acolhemos. Temos equipe multiprofissional, composta por assistente social, psicóloga, para dar todo o apoio e encaminhamentos necessĂĄrios", salienta.
"E o servidor é afastado para que seja feito o processo investigativo, que as autoridades competentes fazem. Depois, são abertos os procedimentos legais quanto o que deve ser feito com o servidor", completa.