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CONFUSÃO NO TAMANHO

Peão que matou desafeto após ser chamado de "p. pequeno" em MT tem pena reduzida

Ex-gerente de fazenda ficará 14 anos em regime fechado


A Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) reduziu em um ano a condenação do ex-gerente de fazenda, Renan Aparecido Ribeiro Andrade. Ele assassinou com um tiro no peito o menor Victor Eduardo da Silva, morto aos 17 anos por supostamente ter dito que Andrade tinha um "pinto pequeno", em Tangará da Serra (245 Km de Cuiabá).

Os magistrados da Primeira Câmara Criminal seguiram por unanimidade o voto do desembargador Orlando Perri, relator de uma apelação criminal ingressada pela defesa do assassino, condenado em 2022, a 15 anos de prisão. Com a redução, ele passará uma temporada menor na cadeia, cumprindo 14 anos em regime fechado.

A sessão de julgamento ocorreu nesta terça-feira (28). Em seu voto, o desembargador Orlando Perri revelou que o homicida tem problemas maiores para se preocupar e relembrou o crime ocorrido no ano de 2020.

Victor Eduardo da Silva trabalhava num mercado e na saída do trabalho tinha parado num bar com um grupo de amigos, em Tangará da Serra. Renan Aparecido Ribeiro, por sua vez, dirigia um carro ao lado do sobrinho quando teria parado para urinar próximo ao grupo.

A curta distância entre o local escolhido pelo condenado para fazer suas necessidades, e o estabelecimento comercial, revelou-se num grande problema para os amigos que confraternizavam no bar. Eles teriam pedido ao ex-gerente que urinasse em outro local pois "havia mulheres próximas".

O assasino minimizou o aviso. Após a negativa de urinar em outro local, Renan passou a ser motivo de chacota do grupo, indicando que ele teria "pinto pequeno".

Sentindo grande fúria pela ofensa, o ex-gerente foi até seu carro, pegou uma arma de fogo guardada embaixo do banco do veículo, e disparou contra Victor Eduardo da Silva, morto com um tiro no peito. "Foi reconhecido pelo conselho de sentença a qualificadora da exposição de risco, e nesse ponto, a defesa argumenta que esta qualificadora, reconhecida pelo conselho de sentença, afronta as provas dos autos. Mas as provas dos autos apontam sim que o réu expôs a risco outras pessoas", analisou Perri.

No dia 16 de agosto de 2020, logo após a prisão em flagrante do assassino, o jornalista de Tangará da Serra, Alexandre Rolim, registrou um boletim de ocorrência depois de sofrer um susto enorme. Ele foi "fechado" por um veículo branco, dirigido por uma pessoa não identificada, que o advertiu dizendo "Você vai tirar a foto do Renan ou vai sofrer as consequências. Você não sabe com quem tá mexendo".

Apesar do tamanho da ameaça, o caso foi exposto na imprensa por Rolim, que não se sentiu diminuído pelo aviso.

FOLHA MAX

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