O juiz da 11ª Vara Criminal de Cuiabá, Marcos Faleiros, designou para o dia 14 deste mês a primeira audiência da ação na qual o promotor de Justiça Marco Aurélio de Castro responde por quebra de sigilo e interceptação telefônica ilegal.
A acusação aponta que enquanto integrante do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em setembro de 2015, Castro teria vazado informações sigilosas de uma investigação para a TV Centro América, afiliada da Rede Globo.
Na ocasião, foi divulgada uma conversa do ex-governador Silval Barbosa com o desembargador do Tribunal de Justiça, Marcos Machado, na qual ambos conversavam a respeito de um habeas corpus que estava prestes a ser julgado protocolado pela ex-primeira dama Roseli Barbosa.
Na época, Roseli havia sido presa por suspeita de desvio de dinheiro público na Setas (Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social), em um dos desdobramentos da Operação Ouro de Tolo.
Os depoimentos estão previstos para 14 de abril e deverão prosseguir nas datas de 28 de abril e 2 de maio. Somente após as testemunhas de acusação e defesa serem ouvidas é que o promotor de Justiça Marco Aurélio prestará seu depoimento.
A denúncia contra o promotor foi aceita pela Justiça em junho de 2022 após ser oferecida pelo NACO (Núcleo de Ações de Competências Originárias) do Ministério Público, responsável em oferecer denúncias ao poder Judiciário, na esfera penal, das autoridades que detém foro por prerrogativa de função.
Em meio à denúncia, a Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP) se manifestou a favor do promotor de Justiça Marco Aurélio, a quem afirma ser "merecedor de nosso respeito, admiração e consideração".
Estadão Mato Grosso