O aumento no número de casos de pacientes com dengue em Mato Grosso preocupa as autoridades de Saúde do estado, entre elas o novo secretário de Estado de Saúde, Juliano Melo. Só neste ano, quase 9 mil casos foram registrados, segundo a atualização do último Informe Epidemiológico nº 6, atualizado no dia 3 de abril.
Nesta segunda-feira, 17 de abril, Juliano Melo, que exercia a função de secretário adjunto de Atenção e Vigilância em Saúde da SES-MT desde 2019, disse que a situação é "crítica" para o aumento de casos de Influenza e Dengue. "É só ir até uma unidade de saúde que vocês vão ver pessoas resfriadas, com síndrome gripal e dengue", pontuou.
O Estado já notificou 14.247 casos, dos quais 9.832 são classificados como prováveis e 8.417 já foram confirmados. Mato Grosso também registrou duas mortes por dengue e outros sete óbitos estão em investigação.
Entre os municípios com mais casos registrados nesses quatro meses, Rondonópolis aparece com 603, Cuiabá com 371 e Sinop com 186 casos. Ao todo, 44 cidades estão com classificação de "Alto Risco" para dengue, com incidência dos casos acumulados maior ou igual a 300 casos por 100 mil habitantes.
"[O aumento de casos de dengue] preocupa muito, já que registramos casos de dengue tipo 2. Desde 2009 que não tínhamos registros, mas voltamos a registrar recentemente. O tipo dois é de maior circulação e pode levar a casos mais graves também", explica Melo.
Para evitar a proliferação do mosquito e a formação de criadouros, é necessário inspecionar os ambientes externos e internos da casa, manter a caixa d'água fechada e limpa, cuidar do lixo e dos vasos de plantas, trocar diariamente a água dos recipientes dos pets, colocar água sanitária nos ralos e tampá-los após secar e evitar a exposição de qualquer objeto que concentre água parada.
Em caso de sintomas como febre, náuseas, dor abdominal, exantema (irritação da pele), dor de cabeça, dor retro-orbital (dor ao redor dos olhos) e, principalmente, dor abdominal, o paciente deve procurar uma Unidade de Saúde mais próxima.