Com a confirmação do pagmaento, a ação foi extinta
O juiz da Vara Especializada em Ações Coletivas do Tribunal de Justiça (TJMT), Bruno D"Oliveira Marques, revelou que a ex-primeira dama de Mato Grosso, Thelma de Oliveira (PSDB), pagou a multa de R$ 35,1 mil referente a uma condenação por improbidade administrativa. Ela teria participado de um esquema de "cabide de emprego" na antiga Fundação de Promoção Social de Mato Grosso (Prosol-MT).
Em decisão do Ășltimo dia 11 de abril, onde hĂĄ uma determinação de extinção do processo da execução da condenação (pagamento de multa e devolução de valores aos cofres pĂșblicos), o juiz Bruno D"Oliveira Marques comentou o pagamento integral do valor da ex-primeira dama.
"Tendo em vista a comprovação do pagamento integral da multa civil pela executada Thelma Pimentel Figueiredo de Oliveira, a presente ação foi extinta em relação à referida executada", diz trecho da publicação.
A decisão de 11 de abril, porém, teve como objeto outra ré dos autos – a ex-presidente da Proson, Joacira Bulhões Perrupato, que faleceu antes de pagar a multa. Como não foram encontrados bens penhorĂĄveis da ex-gestora, o magistrado determinou a extinção do processo em relação a ela.
De acordo com a denĂșncia do Ministério PĂșblico do Estado (MPMT), a Prosol, sucessora da Fundação do Bem Estar Social do Menor (Febemat), teria se transformado num "cabide de emprego" durante as gestões de Dante de Oliveira – governador de Mato Grosso entre 1995 e 2002.
"Aduz, como exemplo, que somente no ano de 1995 a PROSOL/MT contratou, sem concurso pĂșblico, mais de 100 funcionĂĄrios, demonstrando o enorme desrespeito à norma constitucional que exige a realização de certame pĂșblico para a contratação de pessoal integrante das pessoas jurĂdicas pertencentes à Administração PĂșblica direta e indireta", diz trecho da denĂșncia.
No espaço ocupado pela antiga Prosol, em CuiabĂĄ, funciona hoje a Casa dos Conselhos. Thelma de Oliveira também foi prefeita de Chapada dos Guimarães (64 Km de CuiabĂĄ) entre 2016 e 2020.