Nesta segunda-feira, 1º, a diretora da FGV, Claudia Costin, participou do programa ‘Direito ao Ponto‘, da Jovem Pan News, e falou sobre a educação no Brasil.
Nesta segunda-feira, 1º, a diretora da FGV, Claudia Costin, participou do programa ‘Direito ao Ponto‘, da Jovem Pan News, e falou sobre a educação no Brasil. Segundo a professora, o maior desafio da educação no país é a gestão da educação básica. “A gente alfabetiza errado no Brasil. 55% das crianças saem não-alfabetizadas do terceiro ano do ensino fundamental nas escolas públicas. Nós temos uma noção poética da alfabetização, disse. “Infelizmente tem uma teoria que se construiu que é o construtivismo, mas quando foram pesquisar direito, os países abandonaram isso. Diziam que seria nativo na criança aprender a ler, como aprender a falar, mas não é. E que você não precisaria ensinar consciente fonológica e etc. Nos Estados Unidos isso foi abandonado há 30 anos e aqui continuamos a alfabetizar assim”, explicou a professora. Questionada se o Ministério da Educação (MEC) deveria apenas cuidar da educação básica e o ensino superior ser transferido para o Ministério das Ciências e Tecnologias, a diretora explicou.
“Acho que não é questão de modelo de ministério, o problema principal é que dá muito mais trabalho resolver os problemas da educação básica do que os problemas do ensino superior. Nas universidades se tem uma certa autonomia e tem muito diálogo”, disse. Para ela, é também importante mudar o imaginário da sociedade quanto ao professor, para que a educação melhore. “É necessário mudar a forma como a sociedade vê os professores para que a profissão seja mais valorizada. “A sociedade olha para o professor com pena, nós não queremos pena, queremos respeito e admiração profissional. E o professor acaba incorporando isso [a pena]. Precisamos mudar o discurso. Parte dos problemas de saúde mental é compreensível com o que vivemos: pandemia, violência nas escolas e etc., mas a outra parte é que ele não é admirado por outras pessoas”, destacou.