Mensagens e transações comprovariam que parlamentar pegava para si a verba da chefe de gabinete
Provas comprometedoras que já estão sob posse do Ministério Público Estadual (MPE) ligam a vereadora Edna Sampaio (PT), de Cuiabá, a um esquema conhecido como "rachadinha" - quando um político exige que seus servidores repassem a ele parte do salário ou verbas recebidas.
Conforme reportagem publicada nesta semana pelo site RD News, Edna teria sido beneficiada, no ano passado, com pelo menos R$ 20 mil em valores ilegais.
Comprovantes bancários contidos na investigação, além de áudios e conversas de WhatsApp, mostram que esse montante foi repassado gradualmente à parlamentar pela sua então chefe de gabinete, Laura Natasha Abreu - que foi exonerada mesmo estando grávida.
A reportagem mostrou conversas de WhatsApp nas quais o marido de Edna e ex-presidente do PT em Mato Grosso, Willian Sampaio, cobrava Laura sobre a devolução da VI recebida por ela, de R$ 5 mil ao mês.
A então servidora, de acordo com as conversas, sempre sinalizava positivamente e confirmava a transferência da verba recebida para a conta da vereadora, enviando o comprovante do depósito ao marido de Edna.