Após declarar que a cidade de Curitiba, capital do Paraná, tem o “germe do fascismo", o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agora é alvo de uma moção de protesto protocolada nesta terça-feira, 9, pelo vereador Rodrigo Reis, da Câmara Municipal do município.
Após declarar que a cidade de Curitiba, capital do Paraná, tem o “germe do fascismo", o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agora é alvo de uma moção de protesto protocolada nesta terça-feira, 9, pelo vereador Rodrigo Reis, da Câmara Municipal do município. A declaração ocorreu durante o programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira, 8. O ministro apontou, durante a entrevista a jornalistas convidados, que a postura equivocada dos integrantes da Lava Jato, força-tarefa ocorrida principalmente na esfera jurídica do Paraná, contribuiu para o que chamou de “extrema-direita” no país.
“Curitiba gerou Bolsonaro. Curitiba tem o germe do fascismo. Inclusive, todas as práticas que desenvolvem. Investigações à sorrelfa e atípicas. Não precisa dizer mais nada. Não é por acaso que os procuradores dizem, por uma falta de cultura, que aplica", disse o ministro durante a entrevista. Por efeito, diversas autoridades locais reagiram às declarações do ministro. “Requerimento de ‘Persona Non Grata’ para o ministro do STF Gilmar Mendes na Cidade de Curitiba, por ter proferido palavras de baixo calão, racistas e preconceituosas em relação ao povo de Curitiba", diz a ementa do documento protocolado na tarde desta terça-feira.
O governador do Paraná, Ratinho Júnior, foi às redes sociais cobrar uma explicação de um dos mais antigos membros do STF. “O ministro Gilmar Mendes certamente vai esclarecer uma fala infeliz, que ataca gratuitamente Curitiba e os paranaenses. O Paraná é terra de gente trabalhadora, que tem como norte o progresso, a lei e que repudia a corrupção e toda e qualquer forma de intolerância e preconceito”.