Dois deputados federais propuseram projetos de lei para combater a ação ilegal de cambistas em eventos no Brasil, após a confusão na venda de ingressos para o show da cantora Taylor Swift. A primeira a agir foi a deputada federal Simone Marquetto (MDB-SP), coordenadora da bancada paulista da Câmara, com a apresentação do projeto que prevê pena de um a quatro anos de reclusão e multa de cem vezes o valor dos ingressos anunciados ou apreendidos. O objetivo da ''Lei Taylor Swift'' é criminalizar a venda de ingressos por cambistas, que tem afetado os fãs da artista americana em São Paulo. As medidas visam proteger a economia popular e garantir a legalidade nos eventos no país.
"O mais recente é o caso da venda de ingressos para shows de uma cantora internacional. Para realizar a compra dos ingressos, os consumidores poderiam se dirigir aos pontos físicos de venda, ou através do site da organizadora, no entanto, os fãs alegam que revendedores não autorizados efetuaram a compra de uma grande quantidade de ingressos, impossibilitando a venda para os demais consumidores. Ainda há relatos que estes ingressos estariam sendo revendidos em sites não oficiais por valores muito acima do praticado anteriormente", disse a parlamentar ao portal Metrópoles.
O deputado federal Pedro Aihara (Patriota-MG) também apresentou um projeto de lei que torna crime a venda de ingressos por valor superior ao original, além de tipificar o “cambismo digital”. Essa prática é comum em sites e aplicativos de revenda de ingressos, onde os valores são inflacionados por cambistas digitais.
Nesta segunda-feira, a Polícia Civil de São Paulo se juntou ao Procon para realizar a Operação Ingresso Limpo, com o objetivo de combater a atividade dos cambistas nas filas de vendas de ingressos para o show de Taylor Swift no Allianz Parque. Com a participação de 50 policiais civis e 25 viaturas, a ação resultou na abordagem de 300 pessoas, levando 25 suspeitos à 1ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Consumidor (DIICC), onde foram ouvidos e liberados. Além disso, 20 cartões bancários e uma maquininha foram apreendidos.
O Procon-SP já emitiu notificações à empresa organizadora dos shows da cantora para os eventos que acontecem em novembro no Rio de Janeiro e São Paulo, como instrumento administrativo para lidar com reclamações dos consumidores.
GAZETA BRASIL