Dois réus foram condenados a 19 anos de prisão, nesta segunda-feira (4), pelo assassinato do subtenente da Polícia Militar Everaldo Rodrigues Alves, morto com tiros na cabeça após uma briga em uma distribuidora de bebidas no bairro Pedra 90, em Cuiabá, em agosto de 2020.
Ivo Rogério Pereira da Silva e Walter da Cunha Figueiredo foram julgados pelo Tribunal do Júri e condenados também por posse ilegal de arma. Os dois iniciarão o cumprimento em regime fechado e não poderão recorrer da sentença em liberdade.
Além dos 19 anos e três meses de reclusão, Ivo terá que pagar 20 dias-multa, enquanto a pena de Walter foi fixada em 19 anos de prisão.
De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), o crime foi cometido por motivo torpe, como forma de vingança às agressões contra Walter e com emprego de meio cruel, já que os denunciados agrediram a vítima fisicamente, com diversos golpes e garrafadas na região da cabeça.
Um terceiro envolvido foi denunciado pelo MPMT, mas não foi mencionado durante o julgamento.
Relembre o caso
Segundo a Polícia Militar, no dia 29 de agosto de 2020, Everaldo foi comprar bebidas junto com uma mulher. Eles chegaram de carro e desceram juntos.
Na saída, após a compra, houve um desentendimento entre o militar e três homens que estavam no estabelecimento. Os suspeitos tomaram a arma dele e o mataram a tiros.
O crime ocorreu por volta de 2h. De acordo com a PM, a mulher que estava com Everaldo afirmou que houve uma briga entre a vítima e os três suspeitos. Dois deles o seguraram e o terceiro atirou várias vezes na cabeça do policial.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas o PM já havia morrido.
Os suspeitos fugiram em uma motocicleta e a pé, levando a arma do policial.
Conforme a Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), os três homens teriam discutido com a mulher da vítima também, momentos antes da confusão. Segundo informação, dos três suspeitos envolvidos, dois deles usavam tornozeleiras eletrônicas.
O primeiro suspeito foi preso na noite do crime e, o segundo, se apresentou à polícia três dias depois. Ivo foi preso cinco dias depois do crime, na zona rural de Jangada, a 82 km da capital.
A prisão ocorreu na presença do delegado da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Olímpio da Cunha Fernandes Junior, do comandante do 24º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel PM Frederico Lopes, do advogado e de familiares do suspeito.