O advogado Cristiano Zanin, que é sabatinado nesta quarta-feira, 21, no Senado Federal, reconheceu ter convivido muito com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quando o defendeu em processos judiciais, mas ressaltou que não é padrinho de casamento do presidente.
O advogado Cristiano Zanin, que é sabatinado nesta quarta-feira, 21, no Senado Federal, reconheceu ter convivido muito com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quando o defendeu em processos judiciais, mas ressaltou que não é padrinho de casamento do presidente. Questionado pelo senador Sergio Moro (Podemos) sobre sua proximidade com Lula, Zanin disse prezar pela relação assim como “com outras pessoas no Senado”. "Na condição de advogado, tive uma convivência bastante frequente com o presidente Lula. Não fui padrinho do casamento do presidente Lula, prezo muito por essa relação, assim como tenho com outras pessoas deste Senado. Neste ano, a única vez que estive com Lula foi quando fui convidado a ir ao Planalto para receber o convite ao Supremo", afirmou o advogado.
Zanin e sua esposa e sócia em escritório de advocacia, Valeska Teixeira, estiveram como convidados na cerimônia de casamento de Lula e da primeira-dama, Janja da Silva, no ano passado. Os dois foram defensores do petista em ações nas quais ele era acusado de corrupção pela operação Lava Jato. Moro, na época juiz de primeira instância titulart da operação, condenou Lula no caso do triplex do Guarujá. Durante a investigação, Lula dizia que Moro era pautado pela opinião pública e que estaria determinado a condená-lo no caso, que o levou à prisão por corrupção passiva.
“Magistrado, na minha visão, não é protagonista, não deve ser protagonista do processo, mas, sim, alguém que vai, com muito equilíbrio e temperança, coletar argumentos nos autos e proferir sua decisão, seguindo sempre a Constituição e as leis”, rebateu Zanin após perguntas de Sergio Moro.
A indicação de Zanin para a vaga de ministro aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) é contestada por opositores do presidente da República, que argumentam que a escolha “fere o princípio de impessoalidade”. A tendência, no entanto, é de que o advogado seja aprovado pela maioria dos senadores em votação no plenário da Casa ainda nesta quarta-feira.