Servidores do Banco Central reunidos em Assembleia Geral Nacional, nesta quinta-feira, 22, aprovaram uma série de atividades para cobrar a reestruturação da carreira junto ao governo federal.
Servidores do Banco Central reunidos em Assembleia Geral Nacional, nesta quinta-feira, 22, aprovaram uma série de atividades para cobrar a reestruturação da carreira junto ao governo federal. Com isso, pretendem realizar paralisações parciais nos próximos dias 22, 27 e 29, quando decidirão sobre o reinício da Operação Padrão para o começo de julho. Para eles, o governo está retaliando a categoria como forma de punição pela manutenção da política de juros pelo BC. A decisão pela paralisação foi tomada após recusa do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) em avançar na negociação da pauta de Reestruturação de Carreira sem impacto financeiro, bem como apresentaram todo tipo de dificuldades em relação às outras demandas. Eles reclamam que servidores de outros órgãos, como do Tesouro Nacional, recebem tratamento diferenciado.
“O sucateamento a olhos vistos da carreira de especialista do órgão, que vem ocorrendo na última década, com reajustes abaixo da inflação, sem novos concursos e com as crescentes assimetrias em relação a outras carreiras congêneres, coloca em risco as entregas da Autarquia à sociedade e põe em risco o cumprimento de sua missão institucional, incluindo seu papel de regulador e fiscalizador do Sistema Financeiro Nacional e como gestor do STR, Selic e Pix, por exemplo”, diz a nota do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal). Com isso, os servidores afirmam que dificultarão atividades de rotina até que consigam a audiência solicitada nesta quinta-feira ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “A remarcação da reunião plenária do Fórum Pix, a participação maciça e critica dos servidores no Live BC e em outros eventos e atrasos ou interrupções em diversos outros serviços do BC vão se intensificar!”, avaliou.
E se defenderam de qualquer participação na política de definição da taxa de juros nacional. “A responsabilidade pela política atual de taxa de juros não é responsabilidade dos servidores do BC, mas sim dos 9 Diretores integrantes do Copom. Logo, não há motivos para que os excelentes quadros do BC, servidores públicos de Estado, concursados, que fizeram o Pix, o Open Finance, o Sistema de Valores a Receber e que atuam com excelência em áreas tão relevantes como supervisão do sistema financeiro, inclusão financeira, políticas monetária e cambial e similares, continuem a ser tratados de forma desigual ou mesmo inferior a outras carreiras do Executivo Federal”, afirmaram.