Neste domingo (23), os eleitores da Espanha dirigem-se às urnas em uma eleição que pode levar a direita ao poder pela primeira vez desde a ditadura de Francisco Franco.
Neste domingo (23), os eleitores da Espanha dirigem-se às urnas em uma eleição que pode levar a direita ao poder pela primeira vez desde a ditadura de Francisco Franco.
As pesquisas publicadas antes da votação projetam uma vitória conservadora, com o PP (Partido Popular) prestes a garantir cerca de 34% do apoio – o que não seria suficiente para formar um governo de maioria.
Alguns analistas políticos esperam que o PP una forças com o partido de extrema direita Vox, que pode ser a terceira maior força política nesta eleição e obter mais de 10% dos votos.
Até as 14h (horário local, 12h GMT), o Ministério do Interior da Espanha informou que a participação nas eleições gerais do país havia chegado a 40,5%, um aumento em relação aos 37,9% registrados no mesmo horário nas eleições de 2019.
As urnas abriram às 9h (horário local, 7h GMT) em um processo eleitoral que pode ser decidido por uma pequena margem, marcado por diferenças ideológicas e pela perspectiva de que o primeiro partido de extrema-direita governe a Espanha desde o fim da ditadura de Francisco Franco, nos anos 1970.
O primeiro-ministro Pedro Sánchez, do Partido dos Trabalhadores Socialistas da Espanha (PSOE), vai enfrentar o líder do Partido Popular, de direita, Alberto Núñez Feijóo.
Enquanto a Espanha enfrenta uma onda de calor, os serviços postais do país informaram na sexta-feira que o número de votos por correspondência já havia ultrapassado o recorde de 2,4 milhões.
Os dois principais partidos de esquerda da Espanha são pró-participação da UE. À direita, o PP, liderado por Alberto Nunez Feijoo, também é favorável à União Europeia. O Vox, liderado por Santiago Abascal, se opõe à interferência da UE nos assuntos da Espanha.
Um governo do PP-Vox significaria que outro membro da UE se moveu firmemente para a direita, uma tendência observada recentemente na Suécia, Finlândia e Itália. Países como Alemanha e França estão preocupados com o que essa mudança significaria para as políticas climáticas e de imigração da UE.
A eleição acontece no momento em que a Espanha detém a presidência rotativa da UE. O presidente do país, Pedro Sánchez, esperava usar o mandato de seis meses para mostrar os avanços de seu governo. Uma derrota eleitoral para Sanchez pode levar o PP a assumir as rédeas da presidência da UE.